segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Breve história (precisando de revisões)

O Fórum de Música do Paraná foi fundado em 31 de janeiro de 2005, porem suas origens datam da fundação da Associação dos Compositores do Estado do Paraná em 1994. Foi a partir desta entidade que Raymundo Rolim, Eliane Bastos e Manoel Neto organizaram as cartas convocatórias para a fundação e estruturação do Fórum de Música do Paraná com objetivo de institucionalizar as demandas e democratizar o debate de política publica da música paranaense. A fundação foi consumada pela então diretora da Funarte Ana de Hollanda, com o sinal verde para a participação nas câmaras setorias do Ministério da Cultura. É necessário destacar a colaboração do Diretor da Biblioteca Publica do Paraná, Cláudio Fajardo neste processo. O anuncio de fundação foi feito durante reunião do Fórum das Entidades Culturais pelo companheiro Cláudio Ribeiro (coordenador do Fórum Permanente de Cultura do Paraná) presidiu a mesa na primeira reunião.

O Fórum surge como entidade dedicada a pesquisa, avaliação, articulação e negociação de políticas publicas para a música recebendo uma enorme carga histórica e ideológica através das diversas conexões e influências, sendo seu surgimento cercado de um conjunto de movimentos culturais, documentos, eventos anteriores e diversas relações nacionais, entre eles destacam-se:

- O Fórum Mundial Social (2001) onde foi observada a necessidade da existência e lançada a idéia da fundação do Fórum Nacional de Música;

- Encontros do Fórum Permanente de Cultura do Paraná;

- Seminário Os Charlatões (2002);

- Seminário 1º EMEP – Espaço da Música Paranaense (2002);

- 1º Semana da Música Independente (2004);

- 2º Semana da Música Independente (2004);

Do embrião o Fórum de Música do Paraná passa ao coletivo em 2004, através das entidades ACEP, APIM, A-OSP, A4E, Situação, Umbigo Casa de Cultura (Musin), Fórum Permanente de Cultura do Paraná, movimentos culturais diversos de fandango ao rock, sem esquecer dos independentes que somaram esforços ao longo da jornada. Diversas entidades colaboraram na composição de documentos do Fórum de Música do Paraná, entre as entidades consultadas destacam-se a FAP (Faculdades de Artes do Paraná), EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná), UFPR, BPP (Biblioteca Publica do Paraná), MIS (Museu da Imagem e do Som), Associação dos Músicos da OSP, Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba, ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) entre outras.

As reuniões iniciaram na Biblioteca Publica do Paraná, com coordenação de trabalhos de Manoel Neto, sendo realizadas no ano de 2005, 77 reuniões de estudos e assembléias.

A presidência foi conduzida por Cláudio Ribeiro nos primeiros meses até que pude-se ser organizada uma coordenação provisória horizontal entre os membros independentes, entidades e movimentos, ficando decidido o papel de presidente de honra (vitalício) ao Maestro Waltel Branco.

Desse conjunto de fatores pode ser melhor compreendido a formação e a importância do Fórum de Música do Paraná, por ser a primeira ação no sentido de unificar as diversas manifestações e correntes musicais no Paraná. A primeira fase foi dedicada a produção de documentos para as Câmaras Setoriais de Música do Ministério da Cultura.

No dia 24 de agosto de 2005; o Presidente da Republica LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA sancionou o decreto nº 5.520 instituindo o Sistema Federal de Cultura dispondo sobre a composição e funcionamento do Conselho Nacional de Políticas Culturais – CNPC do Ministério da Cultura. Dentre as resoluções do decreto 5.520 está a determinação da participação de representantes no processo através da Conferência Nacional de Cultura que foi constituída por membros da sociedade civil indicados em Conferências Estaduais, na Conferência Distrital, em Conferências Municipais ou Intermunicipais de Cultura e em Pré-Conferências Setoriais de Cultura.

As atividades artísticas organizadas receberam um papel de maior destaque no processo de dialogo através da criação das Câmaras Setoriais organizadas para subsidiar o ministro Gilberto Gil na construção das políticas culturais para o setor, as Câmaras Setoriais estão funcionando como órgãos consultivos vinculados ao recém-criado Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC). Entre as Câmaras Setoriais a dedicada a música só foi possível através da mobilização da classe artística ao redor de Fóruns Estaduais exclusivos para a música, sendo a reunião de formação ocorrida entre os dias 11, 12, 13 de abril de 2005 em Brasília, coordenada por Ana de Hollanda. Na ocasião o Fórum da Música do Paraná elegeu como representantes os delegados André Alves Wlodarczyk e Manoel José de Souza Neto. Os mesmos foram co-participes do grupo que estabeleceu as regras de funcionamento das reuniões da câmara setorial de música.

No mesmo evento no dia 13 de abril foi decidido pela criação do Fórum Nacional de Música unificando os fóruns estaduais, iniciativa inédita de representatividade e mobilização nacional do meio musical. Entre os fundadores do FNM estão, Álvaro Santi, Adriano Araújo, Du Oliveira, Amilson Godoy, Rênio Quintas, Antônio Adolfo, Makeli K entre outros representantes de 17 estados presentes.

A Câmara Setorial de Música surge como instrumento de dialogo e pactuação entre poder econômico, instituições e representantes civis da música mediados pela Funarte/MinC no sentido de construir uma política publica para o setor no Brasil.

O volume de trabalho realizado pelo GTs (Grupos de Trabalhos) do Fórum Permanente de Música do Paraná foram determinantes para a consolidação de idéias dos documentos de todos os eventos, não sendo raro propostas e iniciativas da música do Paraná serem destaque.

Boa parte das iniciativas já haviam sido anunciadas nas Cartas do Paraná 1 e 2, publicadas anteriormente ao surgimento das Câmaras Setoriais fortalecendo as pesquisas feitas posteriormente pelos Gts de Formação Musical, Questões Trabalhistas, Direito Autoral, Produção, Fomento e Financiamento, Difusão e Consumo, temas abordados durante as reuniões com a Funarte/MinC realizadas entre maio e dezembro de 2005. Previamente a cada uma das reuniões ocorreu uma videoconferência preparatória reunindo o Fórum Nacional de Música a respeito dos temas propostos, essas reuniões virtuais serviram também para tratar de assuntos como a união da classe musical no país, dialogo que foi facilitado quando da criação do fórum virtual de música na internet, grupo que debateu temas dos mais diversos gerando mais de 2.000 documentos em menos de um ano de existência.

O estado do Paraná foi um dos mais participativos dentre todos os membros das classes artística brasileira dentro do processo que desembocou no Sistema Nacional de Cultura, Plano Nacional de Cultura e eventos adjacentes como 1º Conferência Nacional de Cultura e 1º Seminário Latino Americano de Culturas Populares. O Paraná integrou ainda 9 vídeo conferências com o MinC e enviou representantes em outras 7 reuniões presenciais das câmara setorial de música, na sede da Funarte na cidade do Rio de Janeiro, onde, o Paraná esteve representado pelos forenses Eliane Bastos - Formação Musical, André Alves Wlodarczyk - Questões Trabalhistas, Priscila Santos - Direito Autoral e Consumo, Raymundo Rolim - Produção, Cláudio Ribeiro - Fomento e Financiamento, Manoel J. de Souza Neto – Difusão.

Nas reuniões mais de 100 páginas de textos foram pactuados e a representação Paranaense foi destacada graças aos anos de preparação que permitiram essa grande participação. Entre os temas levantados pela delegação estão propostas que mais tarde transformaram-se nos principais documentos e idéias defendidos nacionalmente:

- Volta a educação musical obrigatória nas escolas;

- Abertura dos arquivos do direito autoral e criação de entidade fiscalizadora;

- Revisão na legislação da OMB;

- Regionalização das verbas da lei de incentivo a cultura federal;

- Regionalização artística da programação de veículos de comunicação conforme principio constitucional 221;

- Enquadramento das empresas de produção cultural no regime tributário SIMPLES;

- Criminalização do Jabá;

Ainda em 2005 Rafael Wasmann esteve presente ao Seminário Setorial da Região Sul em Londrina. O Fórum representou a música do Paraná na Conferência municipal de cultura de Curitiba e na Conferência Estadual de Cultura em Guarapuava, sendo que nesses eventos, devido a grande participação da música foram eleitos pelas plenárias gerais 10 membros do Fórum de Música do total de 30 representantes da sociedade civil que integraram a comitiva Paranaense na Conferência Nacional de Cultura entre eles Tânia Mara, Oswaldo Aranha, Tony Bonfa, Hellen Carvalho, Cláudio Ribeiro, Manoel Neto, Will, Zoraia Branco, Waltel Branco. Em 2006, Manoel Neto representou a música brasileira e o Fórum Nacional de Música nas reuniões do Grupo de Trabalho Transversal de Economia da Cultura entre o Ministério da Cultura, IPEA E IBGE. Manoel Neto ainda representou o Fórum na Festa Nacional da Música (Canela, 2006), Empório Musical (Goiânia, 2007), entre outros eventos.

O Paraná acaba se destacando através da construção do saber e da participação ativa nas decisões de política publica. Neste contexto de movimento, a ação se mistura ao conhecimento técnico, utilizando a base de dados do Musin – Museu Independente onde, teoria delineia estruturas textuais ideológicas que apoiadas por pesquisas consolidam a verve política social do Fórum; Fato que se firmou através da publicação de documentos manifestos e outros trabalhos que são fundamentais para o debate nacional e internacional da música e responsáveis por estabelecer o papel de resistência que representa, sendo um verdadeiro forte moral para movimentos equivalentes.

A compreensão do processo histórico que a música vive na atualidade e a grande capacidade de diagnósticos, promoveu ações políticas setoriais que foram apresentadas através de documentos que consolidam e norteiam as ações do Fórum de Música do Paraná, sejam escritos ou apoiados pelo Fórum, estão:

- A Carta de Curitiba (2002);

- A Carta do Paraná (2004);

- O Livro A[des]construção da Música na Cultura Paranaense (2004);

- A Carta do Paraná (nº2, com propostas para a câmara setorial de música, 2005);

- O Manifesto dos 20% para a Música Paranaense e Independente, nas Rádios locais (2005);

- O documento final da Conferência Nacional de Cultura (Brasília, 2005);

- Os relatórios das duas Audiências Publicas da Lei de Incentivo Municipal à Cultura (Curitiba, 2005);

- Fórum Futuro 10 Paraná (2005);

- Fora de Ordem (O manifesto realizado pelo FPM-RJ pela mudança da Ordem dos Músicos do Brasil, Rio de Janeiro, 2006);

- A Carta da Cultura do Paraná (2006);

- O manifesto em apoio ao retorno da educação musical obrigatória nas escolas (apoiando o documento do NIM/GAP, Rio de Janeiro, 2006);

- O manifesto em apoio a criação da Sub-comissão de Música dentro da comissão de educação e cultura no Senado (apoiando o documento do NIM/GAP, Brasília, 2006);

- Defesa do conceito que cria a lei que obriga o depósito de fonogramas musicais na Biblioteca Nacional (Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília, 2006/07);

- O manifesto da música paranaense na câmara de vereadores (2006 defendido pelo Maestro Waltel Branco e 2007 por Manoel Neto);

Alem das reuniões com governo federal o Fórum de Música do Paraná promoveu debates sobre a industria cultural, mídia independente, relações trabalhistas, políticas publicas, direitos autorais e integrou outra dezenas de debates relacionados ao tema em emissoras de rádio, tv, entidades e universidades. Destacando ainda os eventos que obtiveram grande sucesso como a realização da etapa regional do Dia da Mobilização Nacional da Música - Cante o Brasil, Toque o Paraná, (realizado junto com a Rádio Brasil Cultura, Curitiba, 2005), evento que reuniu mais de 1.000 pessoas nas Ruínas do São Francisco; a Festa do dia do Músico (Curitiba, 2007, 2008); seminário de Direitos Autorais no Conservatório de MPB, (Curitiba, 2006).

O Fórum participa e fiscaliza a política publica municipal onde integrou as comissões publicas de analise da nova lei de incentivo municipal a cultura, da nova lei de eventos de grande porte e a lei de abertura de shows por artistas locais. Também estudou e indicou regras para os critérios de avaliação dos projetos culturais da lei de incentivo em 2007. Para 2008/09 elegeu 2 membros do mecenato subsidiado de Curitiba e 5 membros para o Conselho Municipal de Cultura de Curitiba.

Em dezembro de 2007 o Fórum de Música do Paraná aprovou a transformação em entidade, passando de Fórum de política cultural para entidade representativa as demais esferas publicas e civis, representando as entidades de música, tendo papel, portanto, de uma Federação. Na primeira gestão 2008/09 foram eleitos Manoel Neto para a presidência e Oswaldo Aranha para vice.

O Fórum de Música do Paraná passa a integrar em 2007 a ANAMBRA (Associação Nacional da Música Brasileira) como membro fundador.

Neste período de pouco mais de 3 anos o Fórum ajudou a formatar aproximadamente 30 diretrizes e mais de 160 linhas de ação com objetivo de apontar o norte para a música brasileira, documentos que influenciaram os textos que hoje estão sendo analisados no Conselho Nacional de Cultura.

André Alves Wlodarczyk e Manoel José de Souza Neto foram incumbidos de participar da votação que elegeu Álvaro Santi do Rio Grande do Sul e Adriano Araújo de Pernambuco como os representantes do Fórum Nacional de Música no Conselho Nacional de Políticas Culturais. Cresce a participação do Fórum de Música do Paraná, ao mesmo tempo em que os fóruns de outros estados também ocupam com propriedade cargos de destaque na representação dos músicos em Conselhos federais, estaduais e municipais de cultura. A gestão 2008/2009 do Fórum tem como metas principais: As pesquisas sobre o setor, a construção de propostas de políticas publicas, a consciência ampla da sociedade das questões da música, a oficialização jurídica da entidade, e articulação nacional para o equilíbrio de relações e interesses setoriais entre músicos e demais setores da música brasileira através da ANAMBRA e do FNM.

Com a abertura de mais uma etapa da mobilização dos músicos do Paraná, hoje bem representados por seus membros podemos afirmar que pela primeira vez na história os músicos podem ter acesso às decisões sobre seus destinos, o que antes era feito às portas fechadas, hoje, é feito às claras e é bem publico.

Coordenação do Fórum de Música do Paraná

Contato: forumdemusica@gmail.com - forumdemusica.blogspot.com

*Sobre os documentos ler o site do Ministério da Cultura: www.cultura.gov.br

terça-feira, 13 de maio de 2008

Carta dos Músicos Auto-Produtores

Carta dos Músicos Auto-Produtores – Pela unificação das propostas de políticas públicas para a música brasileira



Apresentamos aqui um manifesto produzido com base nos documentos acordados no Fórum Nacional de Música, apresentado no Seminário " A Música no Plano Nacional de Cultura" dentro da programação do Fórum Social do Mercosul, realizado no dia 26 de abril de 2008, em Curitiba, envolvendo questões relativas à luta dos músicos brasileiros no contexto social dos países do Mercosul em oposição ao monopólio internacional da industria fonográfica e dos países hegemônicos da geração de conteúdos de entretenimento. Este manifesto tem como objetivo uma reflexão do momento histórico que vivemos, às vésperas da consolidação de uma política pública nacional para a cultura e, principalmente, como proposta para uma Carta da Música que unifique os anseios das várias entidades da Música Brasileira:
· unificação das bandeiras políticas dos diversos grupos.
· aprovação de legislações que sejam efetivas no beneficio da música e dos músicos brasileiros, particularmente os auto-produtores, e por um Brasil melhor através da música.

Caros Colegas da Música Brasileira,

Chegou o momento de sistematizar as políticas públicas para a cultura e finalizar as diretrizes apresentadas ao governo na área de música, após um longo processo de discussão nacional, por meio do Fórum Nacional de Música. Faz-se necessário que avancemos concretamente numa proposta de política pública para a área da música.
Os músicos brasileiros exigem a aplicação de uma política pública afirmativa aos seus interesses, como instrumento de ação social e educativa, bem como de economia solidária, propiciando acesso aos meios de formação, criação, difusão e fruição cultural, às classes mais vulneráveis e pela maior proteção da soberania nacional.
Essa nova etapa deve ser a política de estabelecer diálogo com o Ministério da Cultura e com o Congresso Nacional, com intuito de planejar o futuro da música no Brasil e também de afirmar claramente o que propomos para o nosso futuro, que a música esteja presente nas vidas dos cidadãos, de modo que possamos dar ao povo brasileiro oportunidades de conhecimento da sua própria cultura, da forma que sonhamos.
As entidades, trabalhadores da cultura, ativistas, pensadores, intelectuais e cidadãos em geral devem tomar os seus lugares na história, como interlocutores das necessidades e esperanças depositadas no trabalho inédito das câmaras setoriais de música, promovidas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura.
Nos textos das câmaras setoriais estão contidas as 160 (cento e sessenta) linhas de ações elaboradas pelos músicos e demais membros da cadeia criativa e produtiva da música e baseadas nas cartas dos Fóruns Estaduais de Música, seus parceiros e associados. Todas as propostas seguintes, originadas nestes textos, foram amplamente discutidas em grupos de trabalho regionais, em diversas vídeo-conferências e nas 7 reuniões presenciais com o Minc, realizadas no Palácio Capanema, na séde da Funarte, no Rio de Janeiro no ano de 2005. Estes documentos produzidos por fóruns de todas as regiões não podem ficar no esquecimento. Cada uma daquelas linhas deve ser lembrada. O Plano Nacional de Cultura, o Sistema Nacional de Cultura, o Programa Mais Cultura, estão todos lá no Minc e no Congresso Nacional, aguardando aqueles que de fato representem e defendam os interesses da cultura brasileira.
Por tudo isso, torna-se obrigação daqueles que iniciaram o processo voltar os olhos novamente para os textos, não somente os produzidos na câmara setorial, mas também às proposições complementares realizadas pelos grupos de trabalho transversais e a somatória do relatório da 1º Conferência Nacional de Cultura. Apresentamos aqui algumas propostas básicas de políticas públicas para as questões que envolvem a música brasileira, apontando prioridades:
· Apoio ao Projeto de Lei 2732/08, de autoria da Senadora Roseana Sarney, que institui a volta da obrigatoriedade do Ensino de Música no ensino brasileiro;
· Mudança na Lei 9613/98, do Direito Autoral, alterando o seu foco, no sentido de priorizar a proteção aos autores; e revisão dos tratados internacionais que tratam do assunto GATT – TRIPS;
· Criação de um órgão regulador e fiscalizador do Direito Autoral no Brasil, que facilite a circulação da cultura musical brasileira e dê proteção real aos autores e não aos intermediários;
· Rediscussão e alteração da Lei 3857/60, que criou a OMB – Ordem dos Músicos do Brasil, para que seja mais democrática, transparente e participativa; alteração da sua função, tornando-a menos punitiva e mais agregadora da categoria; rediscussão do seu papel de fiscalização;
· Regulamentação dos Artigos 221 e 222 da Constituição Federal. Apoio ao PL 256/91, de autoria da Deputada Jandira Feghali, que aponta para a regionalização da programação cultural das emissoras de rádio e TV brasileiras;
· Apoio ao PEC 150/03 que propõe a alteração do percentual destinado à cultura para 2% do Orçamento da União.
Essas propostas devem ser observadas e defendidas a exemplo de outra conquista fundamental, como o retorno da Educação Musical obrigatória nas escolas, uma das principais bandeiras do movimento, a qual recebeu grande adesão social. E da mesma forma deve receber apoio o programa Mais Cultura, assinado no mês de outubro de 2007 pelo Presidente Lula. O texto se assemelha as defesas feitas pelo FNM - Fórum Nacional da Música, um dos responsáveis, dentre os que mais colaboraram com proposições ao Plano Nacional de Cultura. A certeza de nossa participação na consolidação do documento é clara e comentada pelo Presidente Lula no lançamento do Mais Cultura, mencionando em seu discurso que esse programa foi baseado nos diagnósticos da sociedade civil nas câmaras setoriais e na 1º Conferência Nacional de Cultura. Essa é a confirmação de nossa trajetória de idéias, base de toda a política publica federal para a música.
O debate retorna obrigatoriamente para a sociedade civil, nesta nova etapa absolutamente necessária para conclusão dos textos dos projetos em trâmite no Congresso Nacional. A garantia de nossa participação é a articulação regional com as bancadas de deputados e senadores das respectivas regiões. No entanto será através da integração nacional, ainda um sonho, embora cada vez mais próximo, através da unificação dos discursos, finalmente, nos reconheceremos como parceiros pela música. Exemplo de iniciativa, neste sentido é o da ANAMBRA - Associação Nacional da Música Brasileira, entidade que surge para preencher a lacuna institucional existente, com sede em Brasília, uma entidade para ampliar o diálogo entre todos os envolvidos das mais diversas instituições regionais e o governo federal. Propomos um encontro dos envolvidos para consolidação das propostas no evento a ser realizado em Curitiba, em 2008, com o nome de Fórum Nacional da Música Brasileira.
Parabéns a todos que apóiam a luta pelo retorno da Educação Musical nas Escolas Brasileiras!

Fazemos um chamamento às entidades e movimentos, em particular às abaixo citadas, no sentido da unificação de bandeiras comuns:
· Fóruns Estaduais de Música (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará);
· ACEP - Associação dos Compositores do Estado do Paraná;
· Associação de Valorização da Cultura Sul Brasileira–SITUAÇÃO-PR;
· Musin – Museu Independente;
· Associação dos Produtores Independentes da Música-PR;
· AOSP – Associação da Orquestra Sinfônica do Paraná;
· Associação dos Quatro Elementos da Cultura Hip-Hop-PR;
· MMC - Movimento Música Curitibana;
· ASCCOM – Associação dos Cantores e Compositores do Estado de Goiás;
· Sociedade Independente de Músicos – MG;
· AMP – Articulação Musical Pernambucana;
· ASSOM – Associação dos Músicos do Distrito Federal e Entorno;
· AMMIG - Associação Artística dos Músicos de Minas Gerais;
· ASSAIM - Associação de Autores e Intérpretes Musicais de Sergipe;
· COMUSI - Cooperativa dos Músicos Independentes do Rio de Janeiro;
· Cooperativa da Música de São Paulo;
· ABEM - Associação Brasileira de Educação Musical;
· ABM - Academia Brasileira de Música;
· ANPPON – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música;
· SINDMUSI - Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro;
· SindiMúsicos/BA - Sindicato dos Músicos da Bahia;
· GAP - Grupo de Articulação Parlamentar Pró- Música;
· OSUSP –Orquestra Sinfônica Da USP;
· Philarmonia Brasileira;
· Sociedade Brasileira de Música Contemporânea
· Instituto Jacob do Bandolim (RJ);
· Grupo Cultural AfroReggae;
· Grupo Cultural Jongo da Serrinha (RJ);
· Escola de Música da Rocinha;
· PIM – Programa Integração pela Música (Vassouras – RJ);
· Associação do Movimento de Compositores da Baixada Fluminense;
· NIM - Núcleo Independente de Músicos;
· SIMPROIND – Sindicato dos Músicos Profissionais Independentes – SP
· ECAD e sociedades afiliadas;
· ABEM - Associação Brasileira de Editores Musicais;
· ABMI – Associação Brasileira de Música Independente;
· Rede Social da Música;
· Fórum Social da Música;
· E, em especial, a recém criada ANAMBRA - Associação Nacional da Música Brasileira;
· Aos músicos independentes e auto-produtores representantes da categoria dos músicos que foram interlocutores nas diversas reuniões por todo o Brasil, responsáveis pela construção do diálogo com o Governo Federal.

Redigiram este documento:

Manoel J. de Souza Neto,
Presidente do Fórum de Música do Paraná
Delegado Nacional da 1º Conferência Nacional de Cultura.
Delegado Paranaense na Câmara Setorial de Música do MinC
Membro fundador do Fórum Nacional de Música e da ANAMBRA

Du Oliveira,
Membro do Fórum Goiano Permanente de Música;
Membro da ASCCOM – Associação dos Cantores e Compositores do Estado de Goiás;
Coordenador da ANAMBRA – Associação Nacional da Música Brasileira;
Suplente de Delegado do Conselho Nacional de Política Cultural.

Apoiaram o painel Cultura do Fórum Social do Mercosul, as seguintes entidades:
Fórum Nacional de Música, ANAMBRA – Associação Nacional da Música Brasileira, Fórum de Música do Paraná, Associação dos Cantores e Compositores do Estado de Goiás; Associação dos Compositores do Estado do Paraná, Situação – Associação para Valorização da Cultura Regional Sul-Brasileira, Associação dos Quatro Elementos da Cultura Hip Hop, Musin-Museu Independente, Anambra – Associação Nacional da Música Brasileira, Aspart, Humaitá, Cooperativa de Música de Curitiba, Fórum das Entidades Culturais do Paraná, Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragista, ABTB- Associação Brasileira de Teatro de Bonecos, Fórum Popular de Cultura do Paraná, Fórum de Dança, Fórum Virtual de Cultura, Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, e ainda entidades relacionadas aos respectivos Fóruns. Facinter/Uninter, APP-sindicato, CUT, Sismuc, Marcha Mundial das Mulheres, MST, UNE, UPE, UPES, JR8, MR8, ACNAP-Movimento Negro, Movimento GLBTT, HIP-HOP, UJS, Nucleo de Cultura do PCdoB, JPT, Movimento Mudança, JPMDB. RIPA - REDE DE INSTITUIÇÕES DE PSICANÁLISE APLICADA na América- MERCOSUL-CARIBE-En Argentina, Red Asistencia de la EOL, Pausa (Psicoanálisis Aplicado a las Urgencias Subjetivas en la Actualidad), Red Asistencial de la EOL - Sección Córdoba, Red Asistencial de la EOL – Sección Rosario, Atención Analítica (Referida al Centro Descartes, Buenos Aires) Centro de Investigación y Estudios Clínicos (CIEC) (Córdoba), IPLA (São Paulo) Clin-a (SP), CLIPP (SP), CPA (SP), CLAC (Rio de Janeiro) Digaí Maré (RJ), Affroreggae (RJ), a-Tempo (MG), CPCT-Bahía, En Proyecto (SC) Núcleo de Pesquisa Vila das Torres- Curitiba-(Paraná), NEL - NEL-Caracas - Asociación Caraqueña de Psicoanálisis, REDPSI, Red de Psicoanálisis Aplicado, CAPSI, Centro de Atención Psicoanalítica en Caracas, PATVI, Psicoanálisis Aplicado a la Terapéutica de la Violencia Intrafamiliar. (Programas en Municipios Baruta, Chacao y Metropolitano).PAU, Psicoanálisis Aplicado a la Universidad. (Convenio AGALMA-Universidad Central de Venezuela). Coordinadora, NEL-Caracas - Asociación Psicoanalític - PASOS, NEL-Guayaquil: Centro de Tratamiento, NEL-Maracaibo: Centro de Tratamiento, NEL-Guatemala: Centro de tratamiento, NEL-Delegación La Paz: RAP- Red de Atención Psicoanalítica, Proyecto de centro en NEL-Miami, Proyecto de centro en NEL-Lima. Responsable, Proyecto de centro en NEL-Medellín. Coordenadores de área no Fórum Social do Mercosul: Coordenadora de Psicanálise: Gleuza Salomon; Coordenador de Cultura: Manoel J de Souza Neto; Coordenador de Lazer: Cláudio Ribeiro; Coordenador de Juventude: Sara Cavalcanti; Coordenador Artístico: Daniel Binoto.

Histórico

Vamos iniciar aqui uma série de postagens que pretendem contar um pouco da história do movimento em torno da música paranaense e brasileira, a fim de informar os interessados.
Antes, segue a pedidos a postagem da Carta Nacional da Música Brasileira escrita e aprovada durante do Fórum Social do Mercosul, em 26 de abril de 2008 em Curitiba.

domingo, 6 de abril de 2008

Fórum de Música do Paraná

O Fórum de Música do Paraná agora está na internet com este blog oficial de comunicação institucional e notícias, possibilitando os interessados a participação nas questões da música paranaense e brasileira.