ESTATUTO DO FÓRUM PERMANENTE DE MÚSICA DO PARANÁ
CONSTITUIÇÃO SOCIAL
denominação, sede, duração, princípios
art. 1º Artigo 1º- O Fórum Permanente de Música do Paraná - FPM/PR, coletivo cultural, sem fins lucrativos, com sede na R., cidade de Curitiba, Paraná, tendo personalidade jurídica e patrimônio distintos de seu corpo de filiados, formado por músicos, arte educadores e produtores, integrantes da cadeia produtiva e criativa da música.
Art. 2º O prazo de duração do FPM/PR é indeterminado e, enquanto ativa, seus integrantes submetem-se ao presente estatuto.
Art. 3º Os membros do FPM/PR estão sujeitos e devem se reger pelos seus princípios formadores elencados no estatuto.
Art. 4º São Princípios e objetivos que norteiam a finalidade do FPM/PR são:
a) unir a classe musical paranaense para apresentação de propostas de políticas culturais ao poder público e à iniciativa privada;
b) representar a classe musical paranaense perante o poder público;
c) buscar a união de ONGS, associações, OSCIPS, Fundações, e quaisquer coletivos, ligados à música, para ampliar o debate sobre políticas públicas culturais;
d) desenvolver estudos sobre os temas pertinentes à música e políticas culturais para o seu desenvolvimento e engrandecimento;
e) colaborar como órgão técnico e consultivo no estudo e solução dos problemas ligados à música e o músico;
f) representar e interceder junto às autoridades competentes em questões ligadas ao interesse da comunidade Musical;
g) promover e estimular o desenvolvimento cultural da sociedade brasileira;
h) defender a diversidade e a pluralidade da arte e da cultura brasileira;
i) defender o correto e democrático uso dos recursos públicos a serem aplicados na arte e cultura em Curitiba, no Paraná e no Brasil;
j) Agir conjuntamente com Fóruns de Música de outros estados, bem como com o Fórum Nacional de Música, na persecução da integração dos músicos brasileiros, em prol de seus direitos e daqueles ligados à música.
Art. 5º - São princípios éticos que devem ser respeitados pelos membros do FPM/PR:
a) prestigiar e defender o FPM/PR, lutando por seu engrandecimento;
b) trabalhar em prol dos objetivos do FPM/PR, respeitando seus objetivos, princípios e causa, zelando por seu bom nome;
c) satisfazer pontualmente os compromissos que contraiu;
d) participar de todas as atividades, estreitando laços de solidariedade e fraternidade com as pessoas que simpatizam com a causa situacionista;
e) Não promover defesa de ideais políticos, partidários e religiosos;
e) jamais ferir o presente estatuto.
art. 6º - Os princípios do Fórum só poderão ser modificados, revogados, ou criados, mediante votação da proposta oferecida por um dos membros e aprovação por 2/3 da assembléia geral.
ORGANIZAÇÃO
Coordenação, membros, conselhos
Art. 7º - Os filiados do FPM/PR integrarão as seguintes categorias:
a - FUNDADORES: Todos aqueles que compareceram na Assembléia Geral de Fundação;
b - EFETIVOS: Todos aqueles devidamente cadastrados e em dia com suas obrigações, entrarem para o FPM/PR com a finalidade de participação atuante nos seus trabalhos.
d - BENEMÉRITOS: Beneméritos serão os que prestaram ou prestarem relevantes serviços ao FPM/PR ou mereçam menção honrosa por seu trabalho pela música brasileira. Os nomes deverão ser indicados pelos associados e aprovados pela Coordenação. Os Sócios Beneméritos são isentos do pagamento da anuidade. Entretanto poderão fazê-lo no montante e na periodicidade que lhes convier, comunicando à Coordenação que providenciará o recebimento.
Art. 8º - Candidatos a membros efetivos deverão ser indicados por membros fundadores ou enviarem proposta de filiação à coordenação executiva que decidirá sobre o pleito.
Art. 9º Os associados Fundadores e Efetivos pagarão no ato da filiação uma contribuição anual fixada pela Coordenação e aprovada pela Assembléia Geral.
Art. 10º - São deveres de todos os filiados;
a - Obedecer ao presente Estatuto e demais normas internas, que regulam o FPM/PR;
b - Prestigiar o FPM/PR, zelando pelo seu conceito e difundindo seus objetivos;
c - Acatar a resolução da Assembléia Geral e da Coordenação;
d - Desempenhar funções em setores ou cargos para os quais forem eleitos ou designados;
g - Não tomar decisões de assuntos pertinentes ao FPM/PR, nem se manifestar em nome deste, sem prévia autorização por escrito, da Coordenação;
h - Indenizar o Coletivo, por quaisquer prejuízos morais ou materiais, que eventualmente tenha ocasionado;
i - Cumprir, dentro do prazo, as contribuições pecuniárias e administrativas fixadas pela Coordenação ou pela Assembléia Geral;
j – Participar de Grupos de Trabalho (GT´s) e estudos específicos para contribuir com a melhoria das políticas culturais defendidas pelo FPM/PR
Art. 11º - São direitos dos associados:
I - Participar das Reuniões e assembléias do Fórum;
III - Votar nas Assembléias Gerais;
IV- Candidatar-se para cargos de coordenação;
V - Propor à Coordenação discussões de teses ou comunicações referentes a assuntos relevantes para a classe ou para a vida da entidade.
VI - Reclamar, por escrito, de qualquer resolução tomada pela Coordenação e/ou conselhos administrativos.
VII – Gozar de todos os benefícios colocados a sua disposição pelo Fórum.
Parágrafo único: são condições para que o filiado exerça o direito de voto, quer nas eleições, quer nas reuniões ordinárias da Assembléia Geral:
a) Estar no gozo de seus direitos e fazer-se representar na forma deste Estatuto.
b) Cada entidade filiada, para efeito de votação só terá direito a um voto, em qualquer hipótese.
c) As pessoas físicas filiadas (independentes/autoprodutores/individuais) terão direito a 20% do total de votos apurados relativamente ao quorum geral das entidades presentes à Assembléia devidamente constituída para deliberação.
d) O exercício do voto será exercido pelo preposto indicado pela entidade, ou por seu representante legal.
ÓRGÃOS DO FÓRUM
São órgãos do Fórum: a Assembléia Geral; a Coordenação e o Conselho Consultivo.
Da Coordenação
Art. 12º - A Coordenação é o órgão responsável pela administração da Fórum Permanente de Música do Paraná. O Fórum será administrado por uma Coordenação composta por seis membros efetivos, eleitos em Assembléia Geral, por votação nominal e aberta, assim relacionados: 1 (um) Coordenador Geral, 1 (um) coordenador adjunto, 1 (um) coordenador financeiro, 1(um) coordenador administrativo e 2(dois) coordenadores secretários.
Parágrafo Primeiro – A Assembléia Geral elegerá os seis membros da Coordenação, indicando claramente à quem caberá a Coordenação Geral do Fórum.
Art. 13º - Ao Coordenador Geral compete:
a) representar o Fórum perante em juízo ou fora dele, podendo delegar poderes;
b) convocar a Assembléia Geral para as reuniões ordinárias e extraordinárias;
c) administrar o Fórum e supervisionar todos os setores, em entendimento com os Coordenadores por eles responsáveis;
d) resolver os casos de caráter urgente dos quais prestará esclarecimentos, na primeira reunião da Coordenação;
e) ordenar as despesas, assinando os cheques e outros documentos para a boa gerencia da área financeira juntamente com o coordenador Financeiro, contratar funcionários e serviços.
Art. 14 º - Ao Coordenador Adjunto compete:
a) substituir o Coordenador Geral nos seus impedimentos;
b) organizar o departamento jurídico;
c) auxiliar o Coordenador Geral em suas tarefas.
Art. 15º - Ao Coordenador Secretário compete:
a) substituir o Coordenador Adjunto nos seus impedimentos;
b) organizar a Secretaria do Fórum;
c) coordenar os serviços da Secretaria, ter sob sua guarda os arquivos e livros da Associação, redigir e assinar a correspondência, inclusive atas das Assembléias Gerais, exceto a privativa do Coordenador Geral;
d) auxiliar o coordenador Geral e o coordenador Adjunto em suas tarefas.
Art. 16º - Ao coordenador Financeiro compete:
a) organizar e coordenar o setor financeiro do Fórum;
b) proceder à cobrança e recebimento das contribuições dos filiados;
c) manter sob sua guarda os valores do Fórum e junto com o Coordenador Geral abrir, movimentar contas bancárias e assinar cheques e outros documentos para a boa gerencia da área financeira;
d) organizar e zelar pelo patrimônio do Fórum;
e) preparar e apresentar à Assembléia Geral o balanço anual;
f) auxiliar ao Coordenador Geral e ao Executivo em suas tarefas.
Art. 17º – Ao Coordenador administrativo compete:
a) Organizar e coordenar o setor de Relações Institucionais do Fórum, mantendo atualizada uma biblioteca das leis, decretos regulamentadores e programas de fomento Municipais, Estaduais e Federais relativas à produção cultural;
b) Promover a articulação do Fórum junto a outros Fóruns, entidades e instituições cujo relacionamento e atuação conjunta seja considerada importante pela Coordenação ou pela Assembléia Geral.
c) Propor e promover ações que visem ao fortalecimento e consolidação institucional do Fórum junto a todos os poderes públicos e a sociedade em geral.
d) Propor e coordenar intercâmbios com instituições de ensino acadêmico, técnico e/ou artístico para aprimoramento e reciclagem de filiados ao Fórum;
e) auxiliar a coordenação no que se fizer necessário.
Art. 18º - O mandato da Coordenação do Fórum, será de um ano, permitida a recondução.
Art. 19º - A Coordenação reunir-se-á periodicamente para discutir assuntos sobre a organização e manutenção das atividades desenvolvidas no Coletivo.
Assembléia Geral
Art. 20º - O Assembléia Geral é o órgão soberano do FPM/PR.
Art. 21º - A Assembléia Geral, reunir-se-á sempre que convocada pelo presidente ou por 2/3 (dois terços) dos associados que estejam em efetivo gozo de seus direitos.
Art. 22º - - As reuniões requeridas pela maioria dos filiados não poderão ser negadas pela Coordenação que se obrigará a convocá-las dentro do prazo máximo de quinze dias contados da entrada do requerimento na secretaria do Fórum.
Art. 23º - Compete a Assembléia Geral;
I. Eleger a Coordenação e aprovar substituições e preenchimento de cargos em caso de vaga definitiva na sua constituição.
II. Aprovar o plano de atividades, estatuto e alterações que neste venham a ocorrer durante o desenvolvimento do trabalho do Fórum.
III. Aprovar as alterações no regimento interno que venham a ocorrer durante o desenvolvimento do trabalho do Fórum.
IV. Aprovar as contas do Fórum relativas ao período anterior.
V. Direcionar as atividades do Fórum definindo objetivos e apresentando diretrizes que nortearão a política de atuação da mesma.
VI. Constituir-se como instância máxima de deliberação do Fórum, inclusive quanto à sua dissolução.
VII. Definir todas as questões que a ela forem submetidas, por votação.
Art. 24º - A convocação para as Assembléias Gerais deve ser feita por correio eletrônico (e-mail), fax ou carta registrada, com antecedência mínima de 10 (dez) dias mencionando data, hora, local e pauta da reunirão aos associados.
PATRIMÔNIO E RECURSOS DE MANUTENÇÃO
Art. 25º - Os recursos para manutenção do FPM/PR serão advindos da realização de eventos artísticos e culturais, pela prestação de serviços a terceiros, por doações de quaisquer natureza e pela receita das mensalidades cobradas dos associados.
Art. 26º - O patrimônio será constituído por todos os bens móveis e imóveis, legados, doações e subvenções de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais, internacionais, estrangeiras ou paraestatais e subsídios em geral.
Parágrafo 1º - O patrimônio e a receita do Fórum só poderão ser aplicados na consecução de seus objetivos.
Parágrafo 2º - O FPM/PR não distribui aos seus sócios lucros, bonificações ou vantagens de quaisquer espécies.
Parágrafo 3º - Em caso de dissolução poderão os associados receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio do Fórum; em havendo bens remanescentes estes serão doados a instituições de caridade a critério da assembléia geral.
Parágrafo 4º – Os sócios não respondem subsidiariamente pelas obrigações assumidas pelo Fórum.
PENALIDADES
Art. 27º - todos os membros do FPM/PR estão sujeitos as penalidades no caso de:
a) descumprimento do estatuto em quaisquer de seus artigos;
b) não realização das obrigações assumidas ou designadas;
c) não comparecimento reiterado às reuniões convocadas;
d) não pagamento das obrigações pecuniárias.
Art. 28º - Poderão ser aplicadas as seguintes penas
a) censura por 10, 30 ou 60 dias – o membro não terá poder de opinião e voto;
b) suspensão por 10, 30 ou 60 dias - o membro não poderá participar das reuniões;
c) pecuniária – havendo prejuízo comprovado de culpa exclusiva de um ou mais membros este(s) responde(m) pelos danos matérias causados;
d) expulsão – no caso de um ou mais membros transgredirem o estatuto, gerando prejuízos materiais e/ou morais para o FPM/PR, sendo reincidente em penalidades anteriores, poderão os demais membros expulsá-lo da organização mediante aprovação de 2/3 da assembléia geral.
Parágrafo primeiro: as penas de censura e suspensão e expulsão poderão ser cumuladas com as penas pecuniárias.
Parágrafo segundo: todas as penas, exceto a de expulsão, deverão ser aplicadas se aprovadas as denúncias, encaminhadas por escrito, por unanimidade da coordenação.
Parágrafo terceiro: a pena de expulsão só ocorrerá se houver aprovação da denúncia por 2/3 da assembléia geral.
Art. 29º – A readmissão do sócio se dará pelos seguintes critérios:
Parágrafo 1º - Sócio desligado por falta de pagamento – se dará após o pagamento corrigido dos débitos deixados e do pagamento da multa de 25% da anuidade vigente.
Parágrafo 2º - Sócio desligado por outros prejuízos – se dará após o ressarcimento do prejuízo com as devidas correções, a partir daí o caso será encaminhado à coordenação e à assembléia para aprovarem seu retorno.
Art. 30º - o valor das penas pecuniárias será decidido pela coordenação, salvo se houver disposição normativa do próprio Fórum que estabeleça valores fixos.
Art. 31º - As penalidades previstas nos artigos anteriores e outras que forem disciplinadas posteriormente serão impostas pela Coordenação, devendo sua aplicação ser posterior à audiência do associado ao qual serão assegurados os devidos meios de defesa.
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 32º - Por medida de exceção, a primeira coordenação, eleita na fundação, se dirá provisória e será submetida a um plebiscito entre os sócios ao final do primeiro ano para saber se completa o primeiro mandato de dois anos ou se convoca eleições, quando poderá concorrer a um segundo mandato de dois anos.
Parágrafo único: A coordenação provisória será formada por três integrantes que tomarão decisões em conjunto, com se presidentes e vice presidentes fossem, assumindo conjuntamente os cargos diretivos de secretários, coordenador financeiro e coordenador administrativo
Art. 33º - O presente estatuto poderá ser modificado a qualquer tempo nos termos da lei.
Art. 34º - Todos os documentos que obrigarem financeiramente o Fórum deverão conter as assinaturas do Presidente e do Coordenador-Financeiro.
Art. 35º - Os casos omissos serão resolvidos pela Coordenação.
Curitiba, 06 de outubro de 2010.
Getúlio Guerra
Coordenador 1º
Secretário
Fernando Tupan
Coordenador 2º
Secretário
André A. Wlodarczyk
Coordenador
Presidente
Fórum Permanente de Música do Paraná (FPM-PR)
Fundado em 31.01.2005 em Curitiba, o FPM-PR - Fórum Permanente de Música do Paraná é um mediador entre a música e a sociedade ao diagnosticar e propor políticas públicas. Membro do Fórum Nacional de Música (FNM), um dos principais responsáveis pela apresentação do Plano Nacional da Música. O FPM-PR representa ainda junto a FEC – Fórum das Entidades Culturais do Paraná, FCC, SEEC, RMB, Colegiado Setorial de Música, CNPC, e MINC.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
domingo, 6 de março de 2011
O Fórum Nacional da Música (FNM) lançou um documento em que defende a "reestruturação do sistema de arrecadação e distribuição dos direitos autorais.
O Fórum Nacional da Música (FNM) lançou um documento em que defende a "reestruturação do sistema de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, com a criação de um órgão público regulador com a participação da sociedade civil". Esta regulação hoje é feita por uma associação de direito privado, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).
O Ecad é uma entidade da sociedade civil, de natureza privada, instituída pela Lei Federal nº 5.988/73 e mantida pela atual Lei de Direitos Autorais brasileira – 9.610/98. Administrado por nove associações de música, realiza a arrecadação e a distribuição de direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas nacionais e estrangeiras.
O Fórum Nacional da Música foi criado em 2005, pela articulação de fóruns estaduais da música. Os fóruns estaduais reúnem entidades ligadas aos profissionais da música, como sindicatos, associações, cooperativas, etc. A proposta apresentada pelos músicos é de criação de um órgão público, com participação paritária de governo e sociedade civil organizada, que fiscalize o Ecad ou qquer outro que o venha substituir.
Leia a íntegra do docuento do FNM:
"
Direito autoral para a música
Fórum Nacional da Música
A questão do Direito Autoral no Brasil vem sendo amplamente discutida há vários anos. Em 2005, durante a Câmara Setorial da Música esse foi um dos temas centrais do debate. O Fórum Nacional da Música, naquela ocasião representado por onze das dezessete unidades da federação mobilizadas (Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe), participou ativamente das discussões, junto a diversas outras entidades ligadas à música.
Os documentos aprovados pela Câmara Setorial de Música trazem significativos avanços para a área, não somente no que tange o Direito Autoral, mas em diversas outras questões importantes. Especificamente sobre o Direito Autoral, consideramos que tal documento, fruto de debates já desenvolvidos com a sociedade civil em diversas cidades brasileiras, contribui com a transparência e eficiência da legislação e do sistema de arrecadação de direitos de autor, em benefício deste. Por esta razão, reconhecemos a importância do debate conduzido pelo Ministério da Cultura. Propomos, como meta fundamental, a reestruturação do sistema de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, com a criação de um órgão público regulador com a participação da sociedade civil. Por estes motivos, explicitamos algumas ações que acreditamos sigam nesta direção:
1 - Criação de uma instância ou órgão público (dividido paritariamente entre sociedade civil e governo) que exerça a fiscalização e regulação do sistema de arrecadação e a mediação de interesses, ampliando a transparência na Gestão Coletiva do Direito Autoral no Brasil.
2 – Publicização do documento resultante da Consulta Pública realizada pelo Ministério da Cultura junto à sociedade civil em 2010.
3 - Penalização de emissoras de rádio e televisão inadimplentes
4 – Criminalização do Jabá (pagamento ilegal para execução de música em rádio e televisão)
5 – Estudo, modernização e implementação de um novo mecanismo de arrecadação e distribuição de direito autoral levando em conta as novas tecnologias disponíveis
6 – Estabelecer uma nova destinação para o Fundo Retido de Direitos Autorais tais como a criação de um Fundo para formação musical e linha de crédito para os autores
7 - Estabelecer mecanismos, por meio do órgão regulador, para que a cobrança de direitos autorais dos provedores de conteúdo digital seja realizada de maneira transparente
8 – Publicização do balancete analítico-financeiro do órgão arrecadador e distribuidor.
Por fim, entendemos que somente através do debate entre governo e sociedade civil podemos encontrar soluções viáveis para o desenvolvimento da cadeia formativa, criativa e produtiva da música no que tange os Direitos Autorais e as diversas questões que necessitam ser avaliadas. Desde nossa fundação estivemos presentes em diversas oportunidades contribuindo propositivamente com as discussões, e atualmente, presente em 22 estados da federação, não mediremos esforços para colaborar com os debates e consolidação de políticas públicas em defesa da música no Brasil.
À disposição,
Recife, 25 de fevereiro de 2011.
Fórum Nacional da Música
Executiva Nacional
Du Oliveira (Centro-Oeste);
Gláfira Lobo (Norte);
Naldinho (Nordeste);
Makely Ka (Sudeste);
Téo Ruiz (Sul)".
O Ecad é uma entidade da sociedade civil, de natureza privada, instituída pela Lei Federal nº 5.988/73 e mantida pela atual Lei de Direitos Autorais brasileira – 9.610/98. Administrado por nove associações de música, realiza a arrecadação e a distribuição de direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas nacionais e estrangeiras.
O Fórum Nacional da Música foi criado em 2005, pela articulação de fóruns estaduais da música. Os fóruns estaduais reúnem entidades ligadas aos profissionais da música, como sindicatos, associações, cooperativas, etc. A proposta apresentada pelos músicos é de criação de um órgão público, com participação paritária de governo e sociedade civil organizada, que fiscalize o Ecad ou qquer outro que o venha substituir.
Leia a íntegra do docuento do FNM:
"
Direito autoral para a música
Fórum Nacional da Música
A questão do Direito Autoral no Brasil vem sendo amplamente discutida há vários anos. Em 2005, durante a Câmara Setorial da Música esse foi um dos temas centrais do debate. O Fórum Nacional da Música, naquela ocasião representado por onze das dezessete unidades da federação mobilizadas (Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe), participou ativamente das discussões, junto a diversas outras entidades ligadas à música.
Os documentos aprovados pela Câmara Setorial de Música trazem significativos avanços para a área, não somente no que tange o Direito Autoral, mas em diversas outras questões importantes. Especificamente sobre o Direito Autoral, consideramos que tal documento, fruto de debates já desenvolvidos com a sociedade civil em diversas cidades brasileiras, contribui com a transparência e eficiência da legislação e do sistema de arrecadação de direitos de autor, em benefício deste. Por esta razão, reconhecemos a importância do debate conduzido pelo Ministério da Cultura. Propomos, como meta fundamental, a reestruturação do sistema de arrecadação e distribuição dos direitos autorais, com a criação de um órgão público regulador com a participação da sociedade civil. Por estes motivos, explicitamos algumas ações que acreditamos sigam nesta direção:
1 - Criação de uma instância ou órgão público (dividido paritariamente entre sociedade civil e governo) que exerça a fiscalização e regulação do sistema de arrecadação e a mediação de interesses, ampliando a transparência na Gestão Coletiva do Direito Autoral no Brasil.
2 – Publicização do documento resultante da Consulta Pública realizada pelo Ministério da Cultura junto à sociedade civil em 2010.
3 - Penalização de emissoras de rádio e televisão inadimplentes
4 – Criminalização do Jabá (pagamento ilegal para execução de música em rádio e televisão)
5 – Estudo, modernização e implementação de um novo mecanismo de arrecadação e distribuição de direito autoral levando em conta as novas tecnologias disponíveis
6 – Estabelecer uma nova destinação para o Fundo Retido de Direitos Autorais tais como a criação de um Fundo para formação musical e linha de crédito para os autores
7 - Estabelecer mecanismos, por meio do órgão regulador, para que a cobrança de direitos autorais dos provedores de conteúdo digital seja realizada de maneira transparente
8 – Publicização do balancete analítico-financeiro do órgão arrecadador e distribuidor.
Por fim, entendemos que somente através do debate entre governo e sociedade civil podemos encontrar soluções viáveis para o desenvolvimento da cadeia formativa, criativa e produtiva da música no que tange os Direitos Autorais e as diversas questões que necessitam ser avaliadas. Desde nossa fundação estivemos presentes em diversas oportunidades contribuindo propositivamente com as discussões, e atualmente, presente em 22 estados da federação, não mediremos esforços para colaborar com os debates e consolidação de políticas públicas em defesa da música no Brasil.
À disposição,
Recife, 25 de fevereiro de 2011.
Fórum Nacional da Música
Executiva Nacional
Du Oliveira (Centro-Oeste);
Gláfira Lobo (Norte);
Naldinho (Nordeste);
Makely Ka (Sudeste);
Téo Ruiz (Sul)".
Marcadores:
direito autoral,
ECAD,
FNM
quarta-feira, 2 de março de 2011
Retrospectiva do caso, Rádio Educativa e Música Paranaense
Retrospectiva do caso, Rádio Educativa e Música Paranaense
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1089242&tit=Musica-do-Parana-invade-a-Educativa
Música do Paraná invade a Educativa
Publicado em 22/01/2011 | Cristiano Castilho
As coisas andam diferentes pelas bandas da Rádio Educativa do Paraná. A estação (FM 97.1) foi um dos assuntos da semana em redes sociais como o Twitter e o Facebook. O motivo foi a notável mu¬¬dança na programação da emissora estatal, que desde o começo do ano – quando o governador Beto Richa (PSDB) assumiu o cargo –, está sob a direção do jornalista Fernando Tupan, espécie de em¬¬bai¬¬xador da música paranaense.
Re¬¬colocar a produção musical local em cena parece ser o carro-chefe da nova diretoria. Apesar do curto espaço de tempo transcorrido desde a mudança, comentários elogiosos e um certo assédio de bandas e artistas locais, angustiados por mostrar seu trabalho, comprovam que a escolha foi acertada.
“A cultura paranaense estava adormecida. Agora, parece que to¬¬do mundo está acordando, vendo e ouvindo. Sendo uma rádio educativa, temos compromisso com a população do Paraná. E o público sabe o que é bom. Ontem [quinta-feira], por exemplo, toquei uma música da Orquestra Brasileira de Música Jamaicana e recebi vários e-mails comentando”, diz Tupan, que volta a trabalhar com o produtor José Crespo.
De meados da década 80 até o início dos anos 90, a dupla foi responsável pela programação da Rádio Estação Primeira, ainda hoje relembrada com saudosismo. Tupan também é músico, e esteve à frente das bandas Estação no Inferno, Ídolos de Matinée – do hit “Rock Marciano” – e Tupans.
“Fico feliz com os elogios e acho essa mudança natural. Até ano passado, a rádio estava de portas fechadas para a produção local. A gente abriu a porteira e o pessoal está entrando”, diz Tupan, que agora recebe diariamente discos de bandas de todo o estado.
Nenhum programa foi retirado do ar. Estudos estão sendo feitos para remodelar a grade, mas não haverá mais um horário específico para bandas locais – elas podem surgir a qualquer hora.
Foi o que aconteceu recentemente, quando o estudante de Jornalismo Felipe Gollnick, de 19 anos, sintonizou a rádio depois de ler e ouvir comentários positivos sobre a emissora. Surpresa. Gollnick se deparou com Adriano Sátiro e os Bem-Aventurados, banda local da década de 90 da qual participava seu tio. “O plano é continuar a ouvir porque agora tenho a sensação de que estou perdendo algo legal quando não sintonizo a rádio”, conta Gollnick, que há quase seis anos mantém no ar o blog Defenestrando (www.defenestrando.com), voltado para a música curitibana.
Quem esteve no playlist da Educativa na tarde de ontem foi o grupo Maremotos, expoente da surf music das araucárias. Formada em 2001, a banda acabou em 2005, mas fez história e criou público, que poderá novamente ouvir as guitarras insinuantes nas ondas da rádio. “Está tocando mesmo?”, sur¬¬preendeu-se o ex-baterista do grupo, Marcus Gusso, que promete ser mais um ouvinte de carteirinha. “Isso é muito importante para os músicos da cidade”, diz Gusso, que hoje integra as bandas Easy Players, Garotos Chineses e Os Penitentes.
Paulo Vítola, diretor-presidente da Rádio e da TV Educativa, explica que o que move a programação não é somente a origem, mas a qualidade do trabalho. “Passamos a dar atenção diferenciada à produção local, mas tem de haver qualidade. Essas bandas não destoam, mantém o mesmo nível da programação”, explica.
E não é só rock. A voz da cantora Rogéria Holtz e as composições do violonista Waltel Branco também ressoam nas ondas da emissora, que parece se tornar, enfim, um meio de difusão da música do Paraná.
http://emcartaz.net/musica/musica-paranaense-invade-a-radio-educativa/
Música paranaense invade a Rádio Educativa
Publicado em 08/02/2011 por Tamie
A nova Rádio Educativo, comandada por Fernando Tupan, mostra a seus ouvintes que paranaenses também sabem fazer boa música.
Na frequência 97,1 MHz agora a prioridade serão composições das bandas Relespública, Sabonetes, Charme Chulo, Nevilton, Trio Quintina, entre outros de artistas locais.
A Educativa dedicará 80% à produções musicais paranaenses, mas não focará em apenas um estilo, tocará de rock ao samba.
É uma rádio que já existia com uma nova programação, para quem gosta ou quer conhecer o que é produzido por aqui é só ficar ligado.
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1092476&tit=Nem-oito-nem-oitenta
Nem oito nem oitenta
Agora que bandas e artistas locais recuperaram espaço na programação da Educativa FM, os fãs de música erudita também reivindicam atenção para o gênero
Publicado em 02/02/2011 | Cristiano Castilho
• Fale conosco
• Comentários (21)
• RSS
• Imprimir
• Enviar por email
• Receba notícias pelo celular
• Receba boletins
• Aumentar letra
• Diminuir letra
Depois de ser notícia no Twitter e no Facebook por conta da inserção de bandas locais em sua programação – e de ser aplaudida por isso –, a Rádio Educativa do Paraná (97,1 FM) foi novamente lembrada por seus ouvintes, alguns deles pertencentes ao Fórum Permanente de Música do Paraná, grupo virtual de discussões. E agora vaias foram ouvidas. A iniciativa, criada em 2005, conta com cerca de 500 interessados em música e a discussão entre seus integrantes teve como ponto de partida o pouco espaço para a música erudita na grade da emissora pública.
“Eu e outros ouvintes que sempre estavam ligados na Educativa sugerimos que a programação seja intercalada com outros gêneros musicais. A rádio ficou muito limitada e chata! É banda paranaense de manhã, de tarde e de noite. Sim, vamos dar uma força aos músicos paranaenses, mas vamos ser coerentes e variar a programação”, escreveu o ouvinte Fabiano Guilherme, em e-mail encaminhado à Gazeta do Povo
Rede social
Perguntamos aos nossos seguidores no Twitter se a música erudita devia ter mais espaço na rádio Educativa FM. Luisgbm e Christopher_ns se pronunciaram e disseram que sim.
Concorda? Gostaria de opinar? Então, siga o Caderno G no Twitter e mande sua opinião!
Programação
Confira a grade da Rádio Educativa do Paraná:
De segunda a sexta
9h
Justiça para Todos – Programa de utilidade pública
18h
Tempo de Jazz (2ª edição)
18h30
Jornal da Educativa (2ª edição) – Jornalismo
De segunda a sábado
6h
Tempo de Jazz – As várias tendências do jazz
7h
Jornal da Educativa (1ª edição) – Jornalismo
De segunda a domingo
20h
Clássicos da Educativa - Programa de música clássica com os maestros Harry Crowl e Osvaldo Colarusso
Sábado
10h
Documento MPB – Histórias dos mais importantes artistas brasileiros contadas por eles mesmos
14h
Conversa Afinada (Entrevista) - Um bate papo sobre MPB
16h
Brasil ao Pé da Letra da Canção Popular – Programa ao vivo apresentado por Luciana Horas e Wellington Villa
17h
Cinemascope – A música do cinema
18h
Nossa História – Historias e músicas paranaenses
19h
Cantos de Portugal – A música de Portugal
22h
Art Rock – Rock progressivo
23h
Intercâmbio – Músicas brasileiras cantadas em outras línguas e vice-versa
0h
Hip-Hop – Apresentado por Bianca Merkle Bazzo
Domingo
6h
Certa Vez
7h
MPP com Você – A MPB feita no Paraná
8h
Seresta Brasileira
11h
Fora do Eixo – Músicos e bandas alternativos
12h
Samba de Bamba
13h
Venas Abiertas – Música latino americana
Podcast, Educativa, Macumbaria e Gravando Curitiba
Educativa FM
Nem é mais novidade, mas é a primeira vez que trato disso neste espaço. A Rádio Educativa FM fez uma mudança na programação. Agora, a prioridade é a música paranaense. Tudo ainda está muito no início, pois não faz um mês que o jornalista e músico Fernando Tupan assumiu a direção da rádio. Mas a mudança já é perceptível a “ouvidos vistos”.
Leia a coluna Acordes Locais na íntegra
Depois da mudança de governo, a Rádio Educativa do Paraná passou a contar com duas ho¬¬ras de programação diária voltadas à música erudita. Há os programas Grandes Ciclos da História da Música e Falando de Música, apresentado pelo maestro Osvaldo Colarusso, das 20 às 22 horas, às terças e sextas. Duas outras atrações, que abrangem a música sacra e a de câmara, são apresentadas no mesmo horário pelo compositor erudito Harry Crowl, intercalando-se entre se¬¬gunda e quarta-feira: não há dia fixo para cada subgênero. Há mais dois programas produzidos por Noemi Osna, jornalista especializada em Música Popular Brasileira, que completam a programação da semana.
Consultado pela reportagem, Osvaldo Colarusso concorda que o espaço destinado à música erudita poderia ser maior, mas relembra dos avanços em relação à administração anterior.
“Concordo que é pouco tempo, mas antes tínhamos somente uma faixa na programação, das 22 às 24 horas. O horário era terrível. Mudar isso já foi um ponto positivo. Então vi com simpatia essa alteração”, diz o maestro, que trabalha na rádio desde 1998.
Ao vivo
Pai da cantora lírica Marília Vargas, integrante do Fórum Permanente de Música do Paraná e pesquisador de música antiga, Paulo José da Costa também diz sentir falta de outros gêneros, em especial da música erudita. “A programação nunca me agradou, mas passei a ouvir de uns tempos para cá e gostei. Seria interessante abrir horários específicos para concertos de trios, quartetos e programa de música barroca. Isso sem falar em música erudita paranaense”, diz Costa, que, apesar de reclamar, se diz entusiasmado com o andamento da programação. “Antes era só música comercial sem necessidade”, completa. Uma ideia, sugere, é a retransmissão de concertos pela TV Educativa do Paraná.
À espera
O diretor da Rádio Paraná Educativa, Fernando Tupan, por sua vez, se diz decepcionado por não ter sido contatado pelos que produzem ou se interessam por música erudita, para a troca de ideias e propostas. “O pessoal do rock, da MPB e até do jazz veio me procurar. Mas até o momento, não houve procura alguma por parte desses que reclamaram”, diz o jornalista.
A discussão sobre a produção de música local – a pequena bola de neve proporcionada por uma mudança que aconteceu há tão pouco tempo – reforça o interesse de curitibanos por uma programação variada e de qualidade.
“Não tenho nada contra a divulgação de música erudita. Pelo contrário, queremos mais ouvintes. Mas quero contar com a colaboração desses músicos e produtores. Quero que eles venham conversar com a gente. Preciso que o pessoal me procure, que me mande discos e que me informem. Assim, o espaço vai aumentando”, afirma Tupan.
Músico integrante das extintas bandas Estação no Inferno, Ídolos de Matinée e Tupans, e responsável pela programação da Rádio Estação Primeira, de meados da década de 1980 ao início da década de 1990, Tupan reforça que a variação musical existe e que a Rádio Educativa está de portas abertas. “Há um programa segmentado, que esses dias tocou música portuguesa e jamaicana.” Tupan diz estar aberto a todas as manifestações e disposto a conversar com quem procurar a rádio.
Interatividade
Como deve ser a programação de uma rádio pública?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
www.forumdemusica.blogspot.com
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Carta em resposta a Gazeta do Povo
Carta em resposta a Gazeta do Povo, com relação ao artigo publicado no dia 02 de fevereiro de 2011 com título nem 8 nem 80 - http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1092476&tit=Nem-oito-nem-oitenta.
Prezados leitores, jornalistas e editores,
Acerca das manifestações tomadas em nome do Fórum Permanente de Música do Paraná – FPM/PR - em matéria veiculada em 02/02/2011, este organismo que congrega diversas entidades ligadas à música estadual e nacional, manifesta-se da seguinte forma:
O Fórum Permanente de Música do Paraná é uma instância democrática e suas visões institucionais são tomadas em assembléias. Não consta entre nossos representantes, membros, e sequer participante, o Sr. Fabiano Guilherme o que, dessa forma, torna seus apontamentos na matéria de caráter estritamente individual. Inclusive o leitor supracitado está convidado a participar de nossas discussões.
O FPM/PR não é um fórum virtual como apontado equivocadamente, mas presencial. Foi fundado em 31 de janeiro de 2005 e desde então atua na elaboração, discussão e defesa de políticas públicas para a música e para o músico. O Grupo virtual onde se tem discutido o tema é a Rede Música Paraná.
O FPM/PR é completamente favorável à execução de música paranaense na Rádio Educativa, de todos os gêneros, inclusive música erudita, pelo que o diretor Fernando Tupan tem nosso total apoio. O FPM/PR, que agrega as mais variadas tendências musicais do estado (erudita, rap, pop, rock, jazz, instrumental...), através de entidades representativas, possui discussões e debates permanentes sobre a programação da rádio e TV (difusão musical), além de direitos autorais, questões trabalhistas dos músicos, história, memória e preservação de acervos musicais e educação musical. Porém nada oficial foi deliberado até o momento quanto ao tema abordado na aludida matéria.
Por fim, solicita-se à Gazeta do Povo, veículo importante de comunicação de nosso estado, que sempre se reporte à coordenação do FPM/PR antes de veicular matérias que citem o nome da instituição FPM/PR, principalmente por terceiros, como, in casu, não pertencentes ao quadro de integrantes.
Permaneço à disposição para eventuais esclarecimentos.
Cordialmente,
André Alves Wlodarczyk – Coordenação do FPM/PR
andrewlod@hotmail.com ou(41) 8833 9572
http://jornale.com.br/zebeto/2011/02/26/mudanca-na-radio-e-parana/
Mudança na rádio “E Paraná”
26 fev 2011 - 00:23
Do Goela de Ouro:
Uma reunião realizada ontem à noite pela cúpula da Rádio e Televisão ”E Paraná” definiu algumas mudanças nas emissoras estatais. Ainda não foi confirmad0 oficialmente, mas sabe-se que a maior acontece na direção da rádio. Ainda não há confirmação oficial, mas, ao que tudo indica, as informações vazadas de dentro da emissora se confirmaram, com a saída de Fernando Tupan do comando.
http://www.brasilcultura.com.br/cultura/mudancas-na-educativa-do-parana/
Mudanças na Educativa do Paraná.
Publicado em 28/02/2011 por Redação, nas categorias Almanaque Brasil Cultura, Cultura, Gestão Cultural, Música, Notíciase com as tags Audio Visual,audiovisual,MPB,Música,Música Brasileira,Música Popular Brasileira.
fernando_tupanSaiu da Rádio Educativa AM/FM, o jornalista Fernando Tupan que estava na assessoria do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB). Tupan chegou ao cargo que era ocupado por Paulo Chaves (diretoria de Rádios) com duas missões: a primeira de ajudar o ex-chefe tornar-se candidato a vice na reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSDB) e a segunda apostar na área de música alternativa, do punk rock ao heavy metal, o que provocou reações das mais diversas. Alguns ouvintes respiraram aliviados em saber da saída do ex-diretor. Ele deixou a frente da Rádio Educativa do Paraná, que será comandada por Paulo Vítola, presidente da RTVE.
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/sobretudo/?id=1102085
Educativa FM abandona a música paranaense
Kraw Penas / Divulgação
Kraw Penas / Divulgação / O secretário de Cultura, Paulino Viapiana, e o diretor-presidente da Educativa, Paulo Vítola: traidores da música paranaense?O secretário de Cultura, Paulino Viapiana, e o diretor-presidente da Educativa, Paulo Vítola: traidores da música paranaense?
Os músicos paranaenses devem adotar o luto. Um sonho bebê, uma revolução ainda criança, que começava a engatinhar, foi assassinada dentro da Rádio Educativa do Paraná, agora chamada E-Paraná. No dia em que Ivo Rodrigues faria aniversário, a música paranaense recebe mais uma punhalada. Após um período de euforia, a emissora voltou ao passado e abandonou novamente a música paranaense.
Morreu a revolução de verão – que não durou nem um verão. Ela se iniciou quando o governador Beto Richa e o secretário da Cultura, Paulino Viapiana, indicaram o jornalista Fernando Tupan para a direção da rádio. Era um sonho jovem, de um mês de existência, ainda em fase de implantação e de estruturação. Era simples, colocar a música paranaense na programação normal da emissora. Vinha sendo ajustado, mas já dava sinais de vitalidade, tanto na proposta cultural quanto no aumento e diversificação da audiência da rádio pública do Paraná.
Fernando Tupan foi afastado da direção da rádio. Junto com ele, saiu o programador José Crespo. Eles formavam a dupla que iniciou a revolução do bem e mais uma vez fez história no rádio paranaense – a outra tinha sido na Estação Primeira FM.
Não podem acusar a natimorta revolução de querer acabar com o passado. Não, ela estava se ajustando e abria espaços para todas as manifestações. Mas eis que a bota assassina vem e esmaga a cabeça da criança, preferindo matá-la antes que ela crescesse e ficasse forte.
A revolução, o projeto e o sonho foram assassinados por alguém. O nome do assassino desse projeto musical paranaense ainda não foi descoberto, mas o sangue respinga nos sapatos do governador Beto, nas barras das calças do secretário Viapiana e nas mangas da camisa do diretor-presidente da RTVE, o compositor Paulo Vítola. Do primeiro, pouco se esperava – como sempre devemos fazer com políticos. O segundo, que deveria proteger e promover a música paranaense, não o fez. Do terceiro, esperava-se mais. Afinal, ele próprio é um compositor paranaense, talentoso, mas dele só veio a traição. Por ação ou omissão, todos são culpados.
Ao que parece, nenhum se esforçou para apoiar o projeto de mudança de programação da Educativa implantado por Tupan. De um deles partiu a ordem de execução. A troca de nomes é normal em uma administração pública, mas o que dói nos ouvidos, nos corações e nos bolsos dos músicos paranaenses é o fim de um projeto ousado e que tinha tudo para dar certo. Deveria fazer parte do programa cultural do governo Richa. Mas foi assassinado.
Gostaria de apontar os motivos do assassinato, mas não consegui conversar diretamente com os envolvidos. Ouvi agentes periféricos que encontrei casualmente e outros que entraram em contato comigo preocupados com o fim do sonho de ter uma rádio pública apoiando a produção musical do estado.
Reproduzo algumas mensagens postadas no Twitter, todas de músicos:
Carlos Careqa: “A saída do Tupan é uma perda para a Rádio Educativa!”
Raphael Moraes (Banda Nuvens): “A maior perda para a música paranaense dos últimos tempos é a saída do Tupan da rádio educativa! Absurdo!.”
Fábio Elias (cantor e compositor): “Fernando Tupan mal entrou e já saiu da Educativa. É, difícil mesmo a situação das rádios e da música paranaense. Sempre foi, na real. Parei!”
Vladimir Urban (compositor, guitarrista da banda Sick Sick Sinners e produtor do Festival Psycho Carnival): “Lamento profundamente a saída do Fernando Tupan da programação da rádio educativa do Paraná...
Ivan Rodrigues (baterista das bandas Mordida e Magaivers – filho de Ivo Rodrigues): “Sobre a saída do Tupan da Radio Educativa, acho uma pena, sei que havia uma frente conservadora que era contra a mudança na programação, será que foi esse o motivo da saída? Ja dava pra notar a mudança na programação alguns dias, será que os conservadores de Curitiba ganharam mais essa?”
Banda Anacrônica: “Quando tinha alguém com FERRAMENTAS para trabalhar pela cultura local, derrubam. Parece que nunca vai mudar.”
http://www.bemparana.com.br/politicaemdebate/index.php/2011/03/02/musicos-paranaenses-preparam-manifestacao-contra-mudancas-na-radio-educativa/
Músicos paranaenses preparam manifestação contra mudanças na Rádio Educativa
2 março, 2011Ivan Santos
12:19
Músicos paranaenses promovem nesta sexta-feira, as 15 horas, em frente ao Canal da Música, uma manifestação em protesto contra as recentes mudanças na programação da Rádio Educativa do Paraná, após a saída do jornalista Fernando Tupan da direção da emissora. Eles pretendem levar um gerador e se apresentar em frente à sede da rádio.
Tupan havia iniciado uma reformulação na programação, privilegiando a execução de artistas locais de todos os gêneros. Acabou sendo afastado menos de um mês depois de assumir o cargo, sendo substituído por Paulo Vítola, que acumula a direção da TV Educativa.
A rádio, por sua vez, voltou a executar majoritariamente em sua programação, medalhões da MPB, limitando os artistas locais a programas específicos, em horários pouco ouvidos. Vítola alegou que após “discussões com a comunidade, a direção achou por bem dar um espaço para esse público (bandas novas e locais) em um horário determinado e não ao longo da programação”. Os músicos alegam não terem sido ouvidos, e apontam que a direção da emissora estaria ouvindo apenas um lado da questão, no caso, os partidários da execução prioritária de MPB tradicional. O assunto vem causando intenso debate nas redes sociais, e motivou um artigo extremamente crítico do colunista Luiz Cláudio Oliveira, na Gazeta do Povo de hoje, na qual o jornalista acusa a cúpula da Educativa de “assassinar” o projeto ainda em fase de implantação e ajustes, iniciado por Tupan.
Seção: Geral 1 Comentário »
http://esmaelmorais.com.br/?p=46704
Confusão na Rádio Educativa; músicos protestam nesta sexta contra saída de Tupan
2 de Março de 2011 - 12:36
via blog Política em Debate
Fernando Tupan foi afastado da Rádio.
Músicos paranaenses promovem nesta sexta-feira, as 15 horas, em frente ao Canal da Música, uma manifestação em protesto contra as recentes mudanças na programação da Rádio Educativa do Paraná, após a saída do jornalista Fernando Tupan da direção da emissora. Eles pretendem levar um gerador e se apresentar em frente à sede da rádio.
Tupan havia iniciado uma reformulação na programação, privilegiando a execução de artistas locais de todos os gêneros. Acabou sendo afastado menos de um mês depois de assumir o cargo, sendo substituído por Paulo Vítola, que acumula a direção da TV Educativa.
A rádio, por sua vez, voltou a executar majoritariamente em sua programação, medalhões da MPB, limitando os artistas locais a programas específicos, em horários pouco ouvidos. Vítola alegou que após “discussões com a comunidade, a direção achou por bem dar um espaço para esse público (bandas novas e locais) em um horário determinado e não ao longo da programação”.
Os músicos alegam não terem sido ouvidos, e apontam que a direção da emissora estaria ouvindo apenas um lado da questão, no caso, os partidários da execução prioritária de MPB tradicional. O assunto vem causando intenso debate nas redes sociais, e motivou um artigo extremamente crítico do colunista Luiz Cláudio Oliveira, na Gazeta do Povo de hoje, na qual o jornalista acusa a cúpula da Educativa de “assassinar” o projeto ainda em fase de implantação e ajustes, iniciado por Tupan.
http://jornale.com.br/zebeto/
Postado em Sem categoria | Comente! »
Mexeram no vespeiro!
2 mar 2011 - 18:48
Não é por nada não, mas a longa nota explicativa divulgada pela Secretaria da Cultura e publicada abaixo apenas mexeu num vespeiro que tinha tudo para ficar calmo antes de o carnaval chegar. Como diz um arauto do próprio governo Beto Richa, na maioria dos casos como este quem fica calado não… bem, deixa pra lá.
Postado em Sem categoria | 2 Comentários »
A Secretaria da Cultura explica as mudanças na rádio
2 mar 2011 - 18:44
Recebemos a seguinte “Nota de Esclarecimento” da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Cultura:
Em virtude das notícias veiculadas na mídia nos últimos dias, referentes à Rádio Educativa do Paraná, a Secretaria de Estado da Cultura e a direção da E-Paraná esclarecem:
1 – Estão entre os objetivos estabelecidos pelo governador Beto Richa para a cultura, promover a ampliação do acesso aos bens culturais; promover a produção artística paranaense; estimular a descentralização da cultura no Estado e adotar postura inovadora e transparente na reformulação de processos e ações. Também manter diálogo permanente com todos os segmentos da sociedade. Desta forma, acreditamos que o debate sobre a Rádio Educativa do Paraná e o cenário musical paranaense demonstra que a cultura está retomando seu espaço, o que fortalece e consolida tais objetivos. Em resposta aos anseios de artistas e produtores, temos a dizer que nada mudou com relação aos planos para as emissoras que compõe a RTVE. A convite do secretário de Cultura, Paulino Viapiana, Fernando Tupan deixou a direção da Rádio Educativa para atuar nos programas de ação cultural da secretaria, auxiliando na execução das metas estabelecidas pelo governador Beto Richa.
2 – Os projetos iniciados na RTVE, em janeiro, estão de acordo com as referidas metas, que preveem, entre outras ações, a criação de programas de divulgação e de circulação de produtos e serviços culturais paranaenses, por meio da TV Educativa, Rádio Educativa, espaços culturais, publicações e internet. Especificamente com relação à RTVE, uma das metas estabelece a criação de um conselho curador que tem, entre outros, a finalidade de avaliar e propor conteúdo editorial, com prioridade à educação e cultura, em programas noticiosos, musicais, de debates, de dramaturgia etc. Assim, a saída de Fernando Tupan não altera os planos para as emissoras. Temos certeza que não serão abandonadas nem a música paranaense nem as outras manifestações artísticas, locais, estaduais ou nacionais.
http://www.bemparana.com.br/politicaemdebate/index.php/2011/03/02/secretaria-de-cultura-divulga-nota-sobre-polemica-em-torno-da-radio-educativa/
Secretaria de Cultura divulga nota sobre polêmica em torno da rádio Educativa
2 março, 2011Ivan Santos
18:43
Nota de Esclarecimento
Em virtude das notícias veiculadas na mídia nos últimos dias, referentes à Rádio Educativa do Paraná, a Secretaria de Estado da Cultura e a direção da E-Paraná esclarecem:
Estão entre os objetivos estabelecidos pelo governador Beto Richa para a cultura, promover a ampliação do acesso aos bens culturais; promover a produção artística paranaense; estimular a descentralização da cultura no Estado e adotar postura inovadora e transparente na reformulação de processos e ações. Também manter diálogo permanente com todos os segmentos da sociedade. Desta forma, acreditamos que o debate sobre a Rádio Educativa do Paraná e o cenário musical paranaense demonstra que a cultura está retomando seu espaço, o que fortalece e consolida tais objetivos. Em resposta aos anseios de artistas e produtores, temos a dizer que nada mudou com relação aos planos para as emissoras que compõe a RTVE. A convite do secretário de Cultura, Paulino Viapiana, Fernando Tupan deixou a direção da Rádio Educativa para atuar nos programas de ação cultural da secretaria, auxiliando na execução das metas estabelecidas pelo governador Beto Richa.
Os projetos iniciados na RTVE, em janeiro, estão de acordo com as referidas metas, que preveem, entre outras ações, a criação de programas de divulgação e de circulação de produtos e serviços culturais paranaenses, por meio da TV Educativa, Rádio Educativa, espaços culturais, publicações e internet. Especificamente com relação à RTVE, uma das metas estabelece a criação de um conselho curador que tem, entre outros, a finalidade de avaliar e propor conteúdo editorial, com prioridade à educação e cultura, em programas noticiosos, musicais, de debates, de dramaturgia etc. Assim, a saída de Fernando Tupan não altera os planos para as emissoras. Temos certeza que não serão abandonadas nem a música paranaense nem as outras manifestações artísticas, locais, estaduais ou nacionais. Não houve e não haverá, de forma alguma, “assassinato” ou “boicote”. Não há motivo, portanto, para luto.
Desde janeiro as ações estão sendo planejadas e gradativamente postas em prática. Neste sentido, a RTVE mudou sua filosofia e conceito transformando-se na E-Paraná. Este conceito se estende a todas as emissoras da rede. São várias pessoas envolvidas nesse processo e muitas novidades ainda virão. A primeira etapa envolveu a programação da TV. Agora o planejamento envolve a programação das rádios FM e AM. Até o final de março uma nova grade entra no ar contemplando todos os gêneros da música brasileira (tomamos a liberdade de não tratar a música paranaense como excluída da música brasileira), entre outras atrações, que, temos certeza, irá agradar artistas e público.
Historicamente a Rádio Educativa do Paraná sempre executou a produção musical de todo o Estado durante sua programação e também em programas específicos. Uma audição mais atenta permitiria esta comprovação, portanto não dá para considerar que a música paranaense será agora abandonada. Muito pelo contrário. O Paraná tem sim uma cultura rica, diversificada, representativa e de muita qualidade, e a Secretaria de Estado da Cultura tem como missão, respeitar, valorizar, incentivar, fomentar e difundir toda essa riqueza. E isso será feito.
Em janeiro, a programação da RTVE foi reformulada retirando-se do ar programas que não estavam de acordo com a filosofia de uma rede educativa, como forma de marcar esta nova fase da cultura paranaense. Durante estes dois meses uma grade alternativa foi implantada nas emissoras enquanto as novas ações estavam sendo elaboradas, com a participação de vários colaboradores. Fernando Tupan foi uma dessas pessoas e sua participação foi fundamental para o planejamento. Ele agora assume outra função, de auxiliar no planejamento e execução de ações culturais que também irão gerar conteúdos para as emissoras, valorizando a produção artística paranaenses de todos os gêneros e regiões.
Agradecemos a todos que têm participado desse debate e nos colocamos à disposição para outros esclarecimentos que se fizerem necessários, com relação a esse ou outros projetos da área cultural.
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Cultura
E-Paraná
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/sobretudo/
Blogs
Quarta-feira, 02/03/2011
Blogs > Sobretudo
Sobretudo
Quem faz o blog
Anteriores:
Seções
Podcasts
Enviado por Luiz Claudio Oliveira – luizs@gazetadopovo.com.br, 02/03/2011 às 18:05
Secretaria da Cultura emite nota sobre a Educativa FM
A Secretaria de Estado da Cultura enviou à imprensa uma nota de esclarecimento sobre as mudanças da Rádio Educativa (ops, E-Paraná - êta nominho feio). Reproduzo e comento no final.
Kraw Penas / Divulgação
Kraw Penas / Divulgação / O secretário de Cultura, Paulino Viapiana, e o diretor-presidente da Educativa, Paulo Vítola: traidores da música paranaense?O secretário de Cultura, Paulino Viapiana, e o diretor-presidente da Educativa, Paulo Vítola: traidores da música paranaense?
Nota de Esclarecimento
Em virtude das notícias veiculadas na mídia nos últimos dias, referentes à Rádio Educativa do Paraná, a Secretaria de Estado da Cultura e a direção da E-Paraná esclarecem:
1. Estão entre os objetivos estabelecidos pelo governador Beto Richa para a cultura, promover a ampliação do acesso aos bens culturais; promover a produção artística paranaense; estimular a descentralização da cultura no Estado e adotar postura inovadora e transparente na reformulação de processos e ações. Também manter diálogo permanente com todos os segmentos da sociedade. Desta forma, acreditamos que o debate sobre a Rádio Educativa do Paraná e o cenário musical paranaense demonstra que a cultura está retomando seu espaço, o que fortalece e consolida tais objetivos. Em resposta aos anseios de artistas e produtores, temos a dizer que nada mudou com relação aos planos para as emissoras que compõe a RTVE. A convite do secretário de Cultura, Paulino Viapiana, Fernando Tupan deixou a direção da Rádio Educativa para atuar nos programas de ação cultural da secretaria, auxiliando na execução das metas estabelecidas pelo governador Beto Richa.
2. Os projetos iniciados na RTVE, em janeiro, estão de acordo com as referidas metas, que preveem, entre outras ações, a criação de programas de divulgação e de circulação de produtos e serviços culturais paranaenses, por meio da TV Educativa, Rádio Educativa, espaços culturais, publicações e internet. Especificamente com relação à RTVE, uma das metas estabelece a criação de um conselho curador que tem, entre outros, a finalidade de avaliar e propor conteúdo editorial, com prioridade à educação e cultura, em programas noticiosos, musicais, de debates, de dramaturgia etc. Assim, a saída de Fernando Tupan não altera os planos para as emissoras. Temos certeza que não serão abandonadas nem a música paranaense nem as outras manifestações artísticas, locais, estaduais ou nacionais. Não houve e não haverá, de forma alguma, “assassinato” ou “boicote”. Não há motivo, portanto, para luto.
3. Desde janeiro as ações estão sendo planejadas e gradativamente postas em prática. Neste sentido, a RTVE mudou sua filosofia e conceito transformando-se na E-Paraná. Este conceito se estende a todas as emissoras da rede. São várias pessoas envolvidas nesse processo e muitas novidades ainda virão. A primeira etapa envolveu a programação da TV. Agora o planejamento envolve a programação das rádios FM e AM. Até o final de março uma nova grade entra no ar contemplando todos os gêneros da música brasileira (tomamos a liberdade de não tratar a música paranaense como excluída da música brasileira), entre outras atrações, que, temos certeza, irá agradar artistas e público.
4. Historicamente a Rádio Educativa do Paraná sempre executou a produção musical de todo o Estado durante sua programação e também em programas específicos. Uma audição mais atenta permitiria esta comprovação, portanto não dá para considerar que a música paranaense será agora abandonada. Muito pelo contrário. O Paraná tem sim uma cultura rica, diversificada, representativa e de muita qualidade, e a Secretaria de Estado da Cultura tem como missão, respeitar, valorizar, incentivar, fomentar e difundir toda essa riqueza. E isso será feito.
5. Em janeiro, a programação da RTVE foi reformulada retirando-se do ar programas que não estavam de acordo com a filosofia de uma rede educativa, como forma de marcar esta nova fase da cultura paranaense. Durante estes dois meses uma grade alternativa foi implantada nas emissoras enquanto as novas ações estavam sendo elaboradas, com a participação de vários colaboradores. Fernando Tupan foi uma dessas pessoas e sua participação foi fundamental para o planejamento. Ele agora assume outra função, de auxiliar no planejamento e execução de ações culturais que também irão gerar conteúdos para as emissoras, valorizando a produção artística paranaenses de todos os gêneros e regiões.
Agradecemos a todos que têm participado desse debate e nos colocamos à disposição para outros esclarecimentos que se fizerem necessários, com relação a esse ou outros projetos da área cultural.
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Cultura
E-Paraná
Contatos:
imprensa@seec.pr.gov.br
(41) 3321-4844 / 3321-4729
------
Resumindo, é o seguinte. Toda a primeira mudança, com a inclusão da música paranaense na programação normal da rádio, implantada em janeiro, fazia parte da vontade e das diretrizes de governo. Depois de um mês e pouco, a segunda mudança destruiu tudo, mas o governo promete que vai voltar mais ou menos ao que era antes. Ou seja, em vez de aprimorar, acabaram com o que tinha para depois tentar construir tudo de novo. Deu para entender? Ou acreditar?
https://oparanaquenaosetoca.wordpress.com/
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Um guerreiro no subúrbio curitibano
Um guerreiro no subúrbio curitibano
Luana Schabib | sexta-feira, 11 fevereiro 20119 Comentários
Hoje vamos contar a história de um cara que usou o rock para mudar a realidade dos jovens das periferias curitibanas. Ele é Getulio Guerra, nosso segundo personagem da série #quemfazcultura. E por isso, nada melhor do que ouvir os Garotos Podres, cantando Rock de Subúrbio, para entrarmos no clima deste perfil e conhecermos o projeto que ele criou e toca há cinco anos: o PrasBandas.
– Ei você, por favor, se apresente!
– Sou Getulio Guerra, tenho 40 anos, gosto de punk e rock brasileiro. Sempre fiz cultura. Organizava shows, mostra de bandas, de fotos. Fazia fanzine nos anos 1980, fui office-boy, estagiário em agência de propaganda, tive um escritório de desenho… Mas, a música sempre pesou mais.
Para as bandas e para todos
A ideia é simples. Em toda garagem, em todos os cantos das cidades, existem jovens querendo fazer música, seja um rock, um metal ou um pagode. Mas, nem sempre os festivais, as casas de shows ou mesmo os vizinhos dão espaço para as expressões dessa juventude criativa (que maneira elegante de dizer).
Então, ele juntou uns amigos, pegou equipamentos emprestados, montou um palco, chamou a família e abriu inscrições para os artistas dos bairros: poetas, pintores, músicos, fotógrafos. Assim começou o PrasBandas, que é uma associação, com 30 pessoas envolvidas, que promove oficinas culturais e uma mostra itinerante da produção dessas pessoas que não encontram onde mostrar sua arte. Uma verdadeira invasão cultural da capital paranaense, que acontece desde 2005, nessas áreas de risco, onde a falta de grana limita as arranca algumas possibilidades.
Reunião de Abertura da Associação PrasBandas. Foto Douglas Fróis.
“Nos anos 1980/90, teve muito marketing em cima de Curitiba, dizendo que era a ‘Cidade Sorriso’, ‘Cidade Modelo de 1º Mundo’… Esta era a forma que os governos acharam para capitalizar suas gestões, com esses bordões bobos. O que sei, é que aqui também tem mendigos pelas ruas, crimes, favelas, brigas em saídas de jogos de futebol. Até chacina no meio da rua onde demos aula rolou”, conta Getulio.
O projeto já deu voz a bandas e aos públicos de seis bairros periféricos: Sítio Cercado, em 2005; Xaxim, Boqueirão e Vila Hauer, em 2006; Uberaba e Bairro Alto, em 2009. Este ano, a invasão está indo para a 7a edição.
Festivais de música para a periferia, com bandas da periferia
– E como funciona, Getulio? Como vocês conseguiram tocar o projeto? Dinheiro de leis de incentivo, patrocínio, correria?
– Bom, as quatro primeiras edições foram na ‘brodagem’, equipamentos de amigos e equipe de voluntários. Cobrávamos apenas os ingressos para os shows, dois a três reais mais um livro usado que doávamos para as bibliotecas das escolas públicas do próprio bairro.
Correr por fora sempre foi o caminho, mas Getulio nunca abriu mão de nenhuma possibilidade: “Entre 2006 e 2009, tentamos vários editais de incentivo e enfim conseguimos na Fundação Cultural de Curitiba. Assim, nas edições seguintes nada foi cobrado. Artistas do bairro com inscrições gratuitas e entrada franca para a comunidade. Os quatro primeiros foram no fluxo da boa vontade. Os seguintes no fluxo do incentivo.”
Além dos festivais, foi possível oferecer oficinas semanais e gratuitas na Escola Municipal Maria Marli Piovezan. Hoje, o PrasBandas está alugando uma casa dentro da Vila Icaraí, para dar as oficinas diárias de jornalismo, literatura, inglês, teatro, marcenaria e cinema: “Tudo de graça pra moçada de uma área de invasão – vulgo favela – que não tem muita opção de entretenimento e cultura, que geralmente aparece na mídia quando rola tiro, facada, sangue”, afirma Getulio cheio de esperança.
Porque o ar não tem dono
Enquanto a grana não rolava, um braço importante que o PrasBandas desenvolveu foi um programa na Rádio Bairro Novo, no Sítio Cercado, uma rádio comunitária. Todos os domingos de 2008, das 18h às 20h, rolavam entrevistas com poetas, escritores, produtores, cineastas e bandas curitibanas que tocavam ao vivo no estúdio.
“Era um braço do projeto sim, onde o técnico de som era o meu irmão Gilberto Guerra e outros amigos, como Téo Arruda (jornalista) e João Acuio (psicólogo e astrólogo). Eles faziam comigo a bagunça toda”, conta.
A rádio ainda existe, mas o programa não acontece mais porque mesmo sendo comunitária, um candidato a vereador era o “proprietário”, afirma Getulio: “a direção queria que nós da equipe do programa fizéssemos campanha para o tal. Negamos. Resolvemos sair fora, mas neste ano vamos retomar com força.”
Tudo ao mesmo tempo agora
Getúlio é um cara família. Seu pai faleceu quando tinha 12 anos – era ora economista, ora professor de datilografia, ora corretor de imóveis: versátil. Sua mãe é professora aposentada, dava aulas para o primário para sustentar seus dois filhos: guerreira. Com esses valores, hoje, a família de Getulio também participa do PrasBandas.
Seu irmão Giberto, faz o site do projeto e dará aulas de Naturoterapia nas oficinas, seu filho Filipe, toca baixo na banda de apoio na oficina de Música. Sua prima dará aula de inglês. Seus sobrinhos também participam. “Mas não é só família, é um movimento que envolve todos da comunidade.”
Um movimento que envolve pessoas e formas de expressão. O PrasBandas acontece nas praças. Os gêneros que percorrem os palcos também são vários. Tocam bandas de qualquer estilo, desde que autoral, “mas a maioria são bandas de rock mesmo, o nome da mostra sugere, né? Site preto, logo preto (risos). Mas, já teve dupla caipira, sertanejo, grupo de rap, reggae, emo…”
Getulio Guerra na Praça Renato Russo. Foto Douglas Fróis.
Na terra, de bandas como 5 Graus, Charme Chulo, Terminal Guadalupe, em média, 25 bandas são inscritas em cada edição do festival, fora as bandas convidadas. Nas últimas edições, Maxixe Machine, Cásimu, Poléxia, Anacrônica e Carlos Careqa tocaram junto com as bandas da comunidade. “Antes, as bandas não tinham cachê, depois que ganharmos esse edital, pagamos cachê simbólico de 400 reais”, um estímulo para a cena e para a produção de mais coisas novas.
Hoje Getulio está na Coordenação do Fórum Permanente de Música do Paraná e desde o ano passado é Conselheiro Municipal de Cultura na área de Música com a intenção de agregar essas ações todas quebrar certos muros e criar certas pontes. Uma forma de reconhecimento de seu trabalho pelo poder público e pela sociedade organizada. “Sempre formamos parcerias com todos que se aproximam”, afirma.
Na data da publicação desta matéria, o CNPJ do projeto saiu na Receita Federal. Eles tem uma grande empresa interessada em apoiar o projeto “Casa de Cultura PrasBandas 1 – Jardim Icaraí”. Na reunião de abertura da ONG, Getulio chamou o assessor dessa empresa para explicar a todos o porquê de montar a associação, e ter o CNPJ: “Era a formalidade necessária para conseguir patrocínio.”
Para conhecer mais sobre este projeto do Paraná, acesse o www.prasbandas.mus.br e navegue pelas redes desse pessoal.
Getulio Guerra faz cultura.
fonte: http://www.culturaemercado.com.br/noticias/perfil/um-guerreiro-no-suburbio-curitibano/
Luana Schabib | sexta-feira, 11 fevereiro 20119 Comentários
Hoje vamos contar a história de um cara que usou o rock para mudar a realidade dos jovens das periferias curitibanas. Ele é Getulio Guerra, nosso segundo personagem da série #quemfazcultura. E por isso, nada melhor do que ouvir os Garotos Podres, cantando Rock de Subúrbio, para entrarmos no clima deste perfil e conhecermos o projeto que ele criou e toca há cinco anos: o PrasBandas.
– Ei você, por favor, se apresente!
– Sou Getulio Guerra, tenho 40 anos, gosto de punk e rock brasileiro. Sempre fiz cultura. Organizava shows, mostra de bandas, de fotos. Fazia fanzine nos anos 1980, fui office-boy, estagiário em agência de propaganda, tive um escritório de desenho… Mas, a música sempre pesou mais.
Para as bandas e para todos
A ideia é simples. Em toda garagem, em todos os cantos das cidades, existem jovens querendo fazer música, seja um rock, um metal ou um pagode. Mas, nem sempre os festivais, as casas de shows ou mesmo os vizinhos dão espaço para as expressões dessa juventude criativa (que maneira elegante de dizer).
Então, ele juntou uns amigos, pegou equipamentos emprestados, montou um palco, chamou a família e abriu inscrições para os artistas dos bairros: poetas, pintores, músicos, fotógrafos. Assim começou o PrasBandas, que é uma associação, com 30 pessoas envolvidas, que promove oficinas culturais e uma mostra itinerante da produção dessas pessoas que não encontram onde mostrar sua arte. Uma verdadeira invasão cultural da capital paranaense, que acontece desde 2005, nessas áreas de risco, onde a falta de grana limita as arranca algumas possibilidades.
Reunião de Abertura da Associação PrasBandas. Foto Douglas Fróis.
“Nos anos 1980/90, teve muito marketing em cima de Curitiba, dizendo que era a ‘Cidade Sorriso’, ‘Cidade Modelo de 1º Mundo’… Esta era a forma que os governos acharam para capitalizar suas gestões, com esses bordões bobos. O que sei, é que aqui também tem mendigos pelas ruas, crimes, favelas, brigas em saídas de jogos de futebol. Até chacina no meio da rua onde demos aula rolou”, conta Getulio.
O projeto já deu voz a bandas e aos públicos de seis bairros periféricos: Sítio Cercado, em 2005; Xaxim, Boqueirão e Vila Hauer, em 2006; Uberaba e Bairro Alto, em 2009. Este ano, a invasão está indo para a 7a edição.
Festivais de música para a periferia, com bandas da periferia
– E como funciona, Getulio? Como vocês conseguiram tocar o projeto? Dinheiro de leis de incentivo, patrocínio, correria?
– Bom, as quatro primeiras edições foram na ‘brodagem’, equipamentos de amigos e equipe de voluntários. Cobrávamos apenas os ingressos para os shows, dois a três reais mais um livro usado que doávamos para as bibliotecas das escolas públicas do próprio bairro.
Correr por fora sempre foi o caminho, mas Getulio nunca abriu mão de nenhuma possibilidade: “Entre 2006 e 2009, tentamos vários editais de incentivo e enfim conseguimos na Fundação Cultural de Curitiba. Assim, nas edições seguintes nada foi cobrado. Artistas do bairro com inscrições gratuitas e entrada franca para a comunidade. Os quatro primeiros foram no fluxo da boa vontade. Os seguintes no fluxo do incentivo.”
Além dos festivais, foi possível oferecer oficinas semanais e gratuitas na Escola Municipal Maria Marli Piovezan. Hoje, o PrasBandas está alugando uma casa dentro da Vila Icaraí, para dar as oficinas diárias de jornalismo, literatura, inglês, teatro, marcenaria e cinema: “Tudo de graça pra moçada de uma área de invasão – vulgo favela – que não tem muita opção de entretenimento e cultura, que geralmente aparece na mídia quando rola tiro, facada, sangue”, afirma Getulio cheio de esperança.
Porque o ar não tem dono
Enquanto a grana não rolava, um braço importante que o PrasBandas desenvolveu foi um programa na Rádio Bairro Novo, no Sítio Cercado, uma rádio comunitária. Todos os domingos de 2008, das 18h às 20h, rolavam entrevistas com poetas, escritores, produtores, cineastas e bandas curitibanas que tocavam ao vivo no estúdio.
“Era um braço do projeto sim, onde o técnico de som era o meu irmão Gilberto Guerra e outros amigos, como Téo Arruda (jornalista) e João Acuio (psicólogo e astrólogo). Eles faziam comigo a bagunça toda”, conta.
A rádio ainda existe, mas o programa não acontece mais porque mesmo sendo comunitária, um candidato a vereador era o “proprietário”, afirma Getulio: “a direção queria que nós da equipe do programa fizéssemos campanha para o tal. Negamos. Resolvemos sair fora, mas neste ano vamos retomar com força.”
Tudo ao mesmo tempo agora
Getúlio é um cara família. Seu pai faleceu quando tinha 12 anos – era ora economista, ora professor de datilografia, ora corretor de imóveis: versátil. Sua mãe é professora aposentada, dava aulas para o primário para sustentar seus dois filhos: guerreira. Com esses valores, hoje, a família de Getulio também participa do PrasBandas.
Seu irmão Giberto, faz o site do projeto e dará aulas de Naturoterapia nas oficinas, seu filho Filipe, toca baixo na banda de apoio na oficina de Música. Sua prima dará aula de inglês. Seus sobrinhos também participam. “Mas não é só família, é um movimento que envolve todos da comunidade.”
Um movimento que envolve pessoas e formas de expressão. O PrasBandas acontece nas praças. Os gêneros que percorrem os palcos também são vários. Tocam bandas de qualquer estilo, desde que autoral, “mas a maioria são bandas de rock mesmo, o nome da mostra sugere, né? Site preto, logo preto (risos). Mas, já teve dupla caipira, sertanejo, grupo de rap, reggae, emo…”
Getulio Guerra na Praça Renato Russo. Foto Douglas Fróis.
Na terra, de bandas como 5 Graus, Charme Chulo, Terminal Guadalupe, em média, 25 bandas são inscritas em cada edição do festival, fora as bandas convidadas. Nas últimas edições, Maxixe Machine, Cásimu, Poléxia, Anacrônica e Carlos Careqa tocaram junto com as bandas da comunidade. “Antes, as bandas não tinham cachê, depois que ganharmos esse edital, pagamos cachê simbólico de 400 reais”, um estímulo para a cena e para a produção de mais coisas novas.
Hoje Getulio está na Coordenação do Fórum Permanente de Música do Paraná e desde o ano passado é Conselheiro Municipal de Cultura na área de Música com a intenção de agregar essas ações todas quebrar certos muros e criar certas pontes. Uma forma de reconhecimento de seu trabalho pelo poder público e pela sociedade organizada. “Sempre formamos parcerias com todos que se aproximam”, afirma.
Na data da publicação desta matéria, o CNPJ do projeto saiu na Receita Federal. Eles tem uma grande empresa interessada em apoiar o projeto “Casa de Cultura PrasBandas 1 – Jardim Icaraí”. Na reunião de abertura da ONG, Getulio chamou o assessor dessa empresa para explicar a todos o porquê de montar a associação, e ter o CNPJ: “Era a formalidade necessária para conseguir patrocínio.”
Para conhecer mais sobre este projeto do Paraná, acesse o www.prasbandas.mus.br e navegue pelas redes desse pessoal.
Getulio Guerra faz cultura.
fonte: http://www.culturaemercado.com.br/noticias/perfil/um-guerreiro-no-suburbio-curitibano/
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Manifestação do Fórum Permanente de Música do Paraná acerca da extinção do Cargo de Coordenação Pedagógica no Conservatório De Música Popular Brasilei
Manifestação do Fórum Permanente de Música do Paraná acerca da
extinção do Cargo de Coordenação Pedagógica no Conservatório De Música Popular
Brasileira de Curitiba
É com
preocupação que o FPM/PR, organismo criado em 2005, que congrega entidades e
artistas ligados ao meio musical, recebeu a notícia da extinção do cargo de
Coordenação Pedagógica do Conservatório De Música Popular Brasileira de
Curitiba.
O FPM/PR não
coaduna com esta extrema decisão do ICAC, órgão gestor do CMPB, de extinguir um
cargo inerente à formação e educação em qualquer área do conhecimento. A
atitude pode ser considerada insensata ao passo que não há aprendizado e
formação sem que haja orientação e metodologia planejada e aplicada, competência
conferida ao cargo extinto.
Dessa forma, o
FPM/PR se posiciona contra a medida e passa a exigir das autoridades
competentes a revisão dessa decisão, a qual pode comprometer a qualidade de ensino
da música na cidade e no estado. O CMPB não pode retroceder na sua qualidade de
formação, o que está sujeito doravante com a perda desse importante cargo
pedagógico.
No ensejo, o
FPM/PR informa que não de hoje recebe reclamações quanto ao aparelhamento do
CMPB, fato denunciado por alunos e professores, sendo o momento oportuno para o
poder público se posicionar também sobre este tema.
Colocando-se à
disposição para eventuais esclarecimentos, o Fórum Permanente de Música do
Paraná aguarda a devida resposta do poder público, pois a comunidade musical da
cidade necessita de esclarecimentos para compreender este ato prejudicial à
educação, à música e à cultura paranaense.
Cordialmente,
André Alves Wlodarczyk
Coordenação do FPM/PR
extinção do Cargo de Coordenação Pedagógica no Conservatório De Música Popular
Brasileira de Curitiba
É com
preocupação que o FPM/PR, organismo criado em 2005, que congrega entidades e
artistas ligados ao meio musical, recebeu a notícia da extinção do cargo de
Coordenação Pedagógica do Conservatório De Música Popular Brasileira de
Curitiba.
O FPM/PR não
coaduna com esta extrema decisão do ICAC, órgão gestor do CMPB, de extinguir um
cargo inerente à formação e educação em qualquer área do conhecimento. A
atitude pode ser considerada insensata ao passo que não há aprendizado e
formação sem que haja orientação e metodologia planejada e aplicada, competência
conferida ao cargo extinto.
Dessa forma, o
FPM/PR se posiciona contra a medida e passa a exigir das autoridades
competentes a revisão dessa decisão, a qual pode comprometer a qualidade de ensino
da música na cidade e no estado. O CMPB não pode retroceder na sua qualidade de
formação, o que está sujeito doravante com a perda desse importante cargo
pedagógico.
No ensejo, o
FPM/PR informa que não de hoje recebe reclamações quanto ao aparelhamento do
CMPB, fato denunciado por alunos e professores, sendo o momento oportuno para o
poder público se posicionar também sobre este tema.
Colocando-se à
disposição para eventuais esclarecimentos, o Fórum Permanente de Música do
Paraná aguarda a devida resposta do poder público, pois a comunidade musical da
cidade necessita de esclarecimentos para compreender este ato prejudicial à
educação, à música e à cultura paranaense.
Cordialmente,
André Alves Wlodarczyk
Coordenação do FPM/PR
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Carta em resposta a Gazeta do Povo
Carta em resposta a Gazeta do Povo, com relação ao artigo publicado no dia 02 de fevereiro de 2011 com título nem 8 nem 80 - http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1092476&tit=Nem-oito-nem-oitenta.
Prezados leitores, jornalistas e editores,
Acerca das manifestações tomadas em nome do Fórum Permanente de Música do Paraná – FPM/PR - em matéria veiculada em 02/02/2011, este organismo que congrega diversas entidades ligadas à música estadual e nacional, manifesta-se da seguinte forma:
O Fórum Permanente de Música do Paraná é uma instância democrática e suas visões institucionais são tomadas em assembléias. Não consta entre nossos representantes, membros, e sequer participante, o Sr. Fabiano Guilherme o que, dessa forma, torna seus apontamentos na matéria de caráter estritamente individual. Inclusive o leitor supracitado está convidado a participar de nossas discussões.
O FPM/PR não é um fórum virtual como apontado equivocadamente, mas presencial. Foi fundado em 31 de janeiro de 2005 e desde então atua na elaboração, discussão e defesa de políticas públicas para a música e para o músico. O Grupo virtual onde se tem discutido o tema é a Rede Música Paraná.
O FPM/PR é completamente favorável à execução de música paranaense na Rádio Educativa, de todos os gêneros, inclusive música erudita, pelo que o diretor Fernando Tupan tem nosso total apoio. O FPM/PR, que agrega as mais variadas tendências musicais do estado (erudita, rap, pop, rock, jazz, instrumental...), através de entidades representativas, possui discussões e debates permanentes sobre a programação da rádio e TV (difusão musical), além de direitos autorais, questões trabalhistas dos músicos, história, memória e preservação de acervos musicais e educação musical. Porém nada oficial foi deliberado até o momento quanto ao tema abordado na aludida matéria.
Por fim, solicita-se à Gazeta do Povo, veículo importante de comunicação de nosso estado, que sempre se reporte à coordenação do FPM/PR antes de veicular matérias que citem o nome da instituição FPM/PR, principalmente por terceiros, como, in casu, não pertencentes ao quadro de integrantes.
Permaneço à disposição para eventuais esclarecimentos.
Cordialmente,
André Alves Wlodarczyk – Coordenação do FPM/PR
andrewlod@hotmail.com ou(41) 8833 9572
Prezados leitores, jornalistas e editores,
Acerca das manifestações tomadas em nome do Fórum Permanente de Música do Paraná – FPM/PR - em matéria veiculada em 02/02/2011, este organismo que congrega diversas entidades ligadas à música estadual e nacional, manifesta-se da seguinte forma:
O Fórum Permanente de Música do Paraná é uma instância democrática e suas visões institucionais são tomadas em assembléias. Não consta entre nossos representantes, membros, e sequer participante, o Sr. Fabiano Guilherme o que, dessa forma, torna seus apontamentos na matéria de caráter estritamente individual. Inclusive o leitor supracitado está convidado a participar de nossas discussões.
O FPM/PR não é um fórum virtual como apontado equivocadamente, mas presencial. Foi fundado em 31 de janeiro de 2005 e desde então atua na elaboração, discussão e defesa de políticas públicas para a música e para o músico. O Grupo virtual onde se tem discutido o tema é a Rede Música Paraná.
O FPM/PR é completamente favorável à execução de música paranaense na Rádio Educativa, de todos os gêneros, inclusive música erudita, pelo que o diretor Fernando Tupan tem nosso total apoio. O FPM/PR, que agrega as mais variadas tendências musicais do estado (erudita, rap, pop, rock, jazz, instrumental...), através de entidades representativas, possui discussões e debates permanentes sobre a programação da rádio e TV (difusão musical), além de direitos autorais, questões trabalhistas dos músicos, história, memória e preservação de acervos musicais e educação musical. Porém nada oficial foi deliberado até o momento quanto ao tema abordado na aludida matéria.
Por fim, solicita-se à Gazeta do Povo, veículo importante de comunicação de nosso estado, que sempre se reporte à coordenação do FPM/PR antes de veicular matérias que citem o nome da instituição FPM/PR, principalmente por terceiros, como, in casu, não pertencentes ao quadro de integrantes.
Permaneço à disposição para eventuais esclarecimentos.
Cordialmente,
André Alves Wlodarczyk – Coordenação do FPM/PR
andrewlod@hotmail.com ou(41) 8833 9572
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Moção de apoio aos artistas de rua - MOÇÃO Nº 35, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2010.
MOÇÃO Nº 35, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2010.
O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CULTURAL – CNPC, reunido em Sessão
Ordinária, nos dias 7 e 8 de dezembro de 2010, e no uso das competências que lhe são conferidas pelo Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005, alterado pelo Decreto nº 6.973/2009, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 28, de 19 de março de 2010, e:
Considerando que a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 5º, inciso IX, garante a livre expressão artística;
Considerando que, no entendimento do CNPC, a passagem do chapéu é uma manifestação milenar que cria vínculo entre artistas e público e, portanto, não pode ser tratada como uma relação de comércio ou similar; e Considerando que alguns municípios estão tratando os artistas de rua como comerciantes ilegais ou equiparando-os aos mega-espetáculos que são realizados em áreas públicas para multidões;
Aprova Moção de Apoio aos artistas de rua, segmento que vem sendo vítima de proibições e restrições quanto à realização de manifestações artísticas em espaços públicos em diversas cidades brasileiras.
O CNPC entende que as artes nas ruas e praças contribuem para que a relação dos cidadãos com sua cidade sejam mais afetivas, emotivas e solidárias e, desta feita, manifesta seu apoio aos artistas de rua, reconhecendo a importância dos herdeiros dos antigos saltimbancos, que enchem de sons e alegria as ruas e praças de cidades por todo o mundo.
JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA
Ministro de Estado da Cultura
Presidente do Conselho Nacional de Política Cultural
MARCELO VEIGA
Coordenador-Geral do Conselho Nacional de Política Cultura
Music News
James Lima - Publisher Editor
11 3881-5990 - 11 7332-0144
--
O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CULTURAL – CNPC, reunido em Sessão
Ordinária, nos dias 7 e 8 de dezembro de 2010, e no uso das competências que lhe são conferidas pelo Decreto nº 5.520, de 24 de agosto de 2005, alterado pelo Decreto nº 6.973/2009, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, aprovado pela Portaria nº 28, de 19 de março de 2010, e:
Considerando que a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 5º, inciso IX, garante a livre expressão artística;
Considerando que, no entendimento do CNPC, a passagem do chapéu é uma manifestação milenar que cria vínculo entre artistas e público e, portanto, não pode ser tratada como uma relação de comércio ou similar; e Considerando que alguns municípios estão tratando os artistas de rua como comerciantes ilegais ou equiparando-os aos mega-espetáculos que são realizados em áreas públicas para multidões;
Aprova Moção de Apoio aos artistas de rua, segmento que vem sendo vítima de proibições e restrições quanto à realização de manifestações artísticas em espaços públicos em diversas cidades brasileiras.
O CNPC entende que as artes nas ruas e praças contribuem para que a relação dos cidadãos com sua cidade sejam mais afetivas, emotivas e solidárias e, desta feita, manifesta seu apoio aos artistas de rua, reconhecendo a importância dos herdeiros dos antigos saltimbancos, que enchem de sons e alegria as ruas e praças de cidades por todo o mundo.
JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA
Ministro de Estado da Cultura
Presidente do Conselho Nacional de Política Cultural
MARCELO VEIGA
Coordenador-Geral do Conselho Nacional de Política Cultura
Music News
James Lima - Publisher Editor
11 3881-5990 - 11 7332-0144
--
Assinar:
Postagens (Atom)