quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tensões na Feira Música Brasil



Na sequência a segunda atividade da Feira Música Brasil no dia 07 de dezembro foi a reunião do Conselho da Rede Música Brasil formado pelos representantes das entidades nacionais de música para tratar dos grupos de trabalho e relatos sobre a organização da FMB 2010. http://www.feiramusicabrasil.com.br/noticias/confira-o-que-rolou-na-encontro-da-rede-musica-brasil/

Os coordenadores dos grupos de trabalho da FMB apresentaram suas atividades em meio a uma mea culpa geral, causada pela falta de comunicação e pelos cortes impostos pelo governo federal ao evento graças ao ano eleitoral, chegando a 50% do valor total.

Se por um lado ninguem tem culpa, aparentemente várias pessoas tomaram as dores da sociedade civil e de grupos, Estados ou manifestações prejudicadas, e do outro lado o grupo de legitimação que é beneficiado, promoveu o esvaziamento do evento e uma tentátiva de cala boca geral, apoiando a Funarte e blindando a RMB com truculência, negando que tenham ocorridos certos fatos documentados, o que acabou por polarizar o debate descambando pra lavação de roupa suja geral, com direito a acusações, ofensas e quase virou em agressões físicas.

Cabe ressaltar o motivo das tensões, tendo por príncipio que a Feira Música Brasil difundiu em seu site fala do diretor de música da Funarte Thiago Cury que anunciou em vídeo institucional que o colegiado setorial de música e o Fórum Nacional de Música foram consultados para a realização da Feira Música Brasil, o que não é verdade. Alem do FNM outras organizações não tiveram muita participação na formatação da FMB 2010, ainda assim com intenção de comprovar a atuação e participação da sociedade a Funarte utiliza como bem entende dos nomes da sociedades cívil. Esta não é uma posição individual do meu relato, mas posição assinada na carta públicada pelo FNM e pelos membros do CSM. A carta do FNM esta públicada junto ao vídeo institucional distribuido pela Funarte no sitio http://www.youtube.com/watch?v=L77utCFuXbA

Superada esta fase, diversos membros apresentaram questionamentos, sobre falta de transparência, mesmo com um clima tenso concuiu-se que todos, seja da Funarte, os coordenadores de GTs e mesmo as entidades de música tem co-responsabilidade quaisquer falha que possam ter provocado pequenos incidentes. No entanto para todos o ponto de partida é positivo, pois temos a FMB 2010 avançando com base em um diálogo entre governo e sociedade civil. Mas este diálogo ainda é fraco, pouco transparente, formado por blocos de interesses dentro das 18 entidades relacionadas a Rede Música Brasil e precisa ser aprimorado através de gestão de comunicação e emponderamento do evento pela sociedade civil de forma verdadeiramente democrática.

A Feira Música Brasil hoje é o principal evento do meio musical brasileiro e até por isso tem que ser ajustada as necessidades de políticas públicas apresentadas no Plano Setorial de Música CSM/CNPC/MINC aprovado no último dia 30 de novembro de 2010 no Colegiado Setorial de Música. http://www.cultura.gov.br/cnpc/wp-content/uploads/2009/03/sistematizacao-proposta-da-camera-setorial-de-musica.pdf

A sociedade avança através de processos de transparência, por isso, eu nas responsabilidades assumidas como membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais dou meu repúdio pessoal as atitudes que venho observando nas conduções do trabalho da CEMUS Funarte, que travestidas de democráticas na verdade escondem jogos de interesses e relações entre blocos.

Reconheço no entanto as tentativas de acerto que estão sendo feitas, pois se existem erros, existem acertos. Vamos esperar a continuidade dos acontecimentos.

(Fonte: Manoel J de Souza Neto - Rede Música Paraná direto da FMB 2010 Bh)

Nenhum comentário: